Em comunicado enviado nesta sexta-feira (16), o Nubank declarou que irá pedir à B3 (a bolsa de valores brasileira) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a conversão de seus papéis hoje listados no Brasil (BDRs nível 3) em recibos de ações comuns (ou BDRs de nível 1). Portanto, a fintech eguirá negociando suas ações no mercado americano, mas deixará de ter a dupla listagem no Brasil.
Até o momento, o Nubank é uma empresa de capital aberto tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. Mas, com conversão de seus recibos, pedirá a CVM a descontinuidade do programa de BDRs de nível 3 e, posteriormente, o cancelamento de seu registro de companhia aberta no País.
De acordo com a companhia, o objetivo é “maximizar a eficiência”. Já que, tendo dupla listagem, o Nubank necessita de estruturas diferentes para atender às normas específicas dos mercados em que seus papéis são negociados.
“O Nubank visa maximizar a eficiência e a escalabilidade, reduzindo cargas de trabalho duplicadas desnecessárias em requisitos regulatórios, que consomem recursos consideráveis”, disse Cristina Junqueira, cofundadora e CEO do Nubank no Brasil, em nota.
Como será a conversão?
Os detentores de BDRs do Nubank terão três opções:
- Trocar os recibos por ações negociadas nos EUA;
- Trocar o BDR de nível 3 por um novo, de nível 1;
- Fazer a venda dos BDRs em Bolsa brasileira ou americana.
Mas, para conseguir os BDRs em ações, os investidores precisarão deter recibos suficientes. Cada BDR do Nubank equivale a um sexto de uma ação do neobanco listada em Nova York – proporção que será mantida na mudança de programa.
Então, o investidor precisará deter seis ou mais BDRs para aderir à opção, além de conta ativa em uma corretora nos EUA.
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