Nesta segunda-feira (16), a Moody’s rebaixou a classificação da Americanas de Ba2 para CAA3. A atualização englobou o rating Corporate Family e notas seniores sem garantias de ativos reais (unsecured notes) lastreados pela JSM Global e B2W Digital, ambas avaliadas pela Americanas S.A.
Além disso, a Moody’s colocou todos os ratings em revisão para posterior rebaixamento.
“A Moody’s acredita que, na ausência de um acordo com os credores para salvaguardar a liquidez, a empresa provavelmente entrará em recuperação judicial dentro de 30 dias a partir do anúncio”, afirmou a agência em comunicado.
Durante o período previsto pela liminar, a Moody’s projeta que a empresa também apresentará alternativas para melhorar sua estrutura de capital incluindo a negociação de um possível aporte de capital de seus acionistas de referência.
Os rebaixamentos também refletem os maiores riscos de governança, em particular a falta de controles e transparência adequados, o que prejudica substancialmente a credibilidade da administração.
As atualizações vêm à tona depois de a Americanas anunciar na última sexta-feira (13) que recebeu uma tutela cautelar para suspender vencimentos antecipados e efeitos de inadimplência da companhia.
Contratação do banco Rothschild & Co para atuar como interlocutor
Paralelamente, a Americanas afirmou que seu conselho de administração contratou o banco de investimento multinacional Rothschild & Co para atuar como interlocutor da companhia na renegociação da dívida, a nível nacional e internacional.
O Rothschild & Co atua como um banco de investimentos multinacional e atende a clientes de alto padrão, como a família real britânica.
“A Americanas passa a ter a Rothschild & Co no Brasil e internacionalmente, representando a empresa na construção de um diálogo franco e aberto, preservando o peso que a empresa tem, tanto com sua função social, como na participação da economia do país”, disse a empresa.
Antes do anúncio, as ações da Americanas despencavam 41,59%, a 1,84 real. As negociações foram suspensas por conta do fato relevante.
“A Americanas reforça seu compromisso na busca de uma solução de curto prazo com os seus credores”, declarou a empresa em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
No momento, a Americanas é alvo de três processos de investigação da CVM, que busca apurar as causas que levaram ao rombo de R$ 20 bilhões.
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