Boa parte dos fundos de ações enfrentou um ano difícil e acumulou retornos negativos em 2022, ficando abaixo do Ibovespa – principal benchmark para os fundos que investem em ações no país.
De acordo com dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), dos 12 tipos diferentes de fundos de ações classificados pela associação, 7 tiveram retorno negativo no acumulado do ano (até o dia 28 de dezembro).
A maior queda ficou com os fundos do tipo Ações Setoriais, que perderam 26,33% no período. O tipo Valor/Crescimento foi outro que teve desvalorização acentuada em 2022 foi o com perdas de 10,22%.
Os fundos do tipo Small Caps também acumularam perdas significativas de 8,74% no ano passado (até 28 de dezembro).
No mesmo período, o Ibovespa (principal índice de ações da B3) registrou alta de 5,17%.
Importante destacar que estes números da Anbima se referem à média dos fundos de ações. Portanto, existem fundos que tiveram uma performance melhor e outros que foram ainda pior no período.
Fazendo uma busca em plataformas de corretoras de investimento que distribuem fundos de ações, é possível encontrar alguns que tiveram perdas de 30% ou mais no ano passado, enquanto outros fundos conseguiram retornos positivos – inclusive bem acima do Ibovespa.
Volatilidade e incertezas
O ano passado foi marcado por uma forte volatilidade da bolsa de valores, que oscilou entre a máxima de 121.570 pontos registrada em 1º abril e a mínima de 96.121 mil pontos em 14 de julho.
As eleições presidenciais, a fragilidade da economia e a degradação da situação fiscal do país contribuíram para um ano complicado para os investidores de ações.
A situação foi ainda pior para ações de empresas estatais, que sofreram com as incertezas em relação à sua governança, principalmente após o resultado das eleições.
Desde o dia 31 de outubro, as ações ON da Petrobras (PETR3) amargam perdas de 18%, enquanto as PN (PETR4) recuaram 17,7%.
Já os papéis do Banco do Brasil (BBAS3) tiveram queda de 11,8% no mesmo período.
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