Segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), os fundos de investimento no Brasil fecharam o primeiro semestre com captação líquida de R$ 8 bilhões.
O desempenho foi ajudado pelo segmento de renda fixa, mas bem abaixo dos R$ 272,5 bilhões de um ano antes. A diversificação de portfólios também afetou o resultado.
Como pano de fundo está um ambiente menos amistoso nos mercados, principalmente no segundo trimestre, em meio a aperto monetário no Brasil e em outras economias, incluindo os Estados Unidos, com preocupações sobre os potenciais reflexos no ritmo da atividade econômica global.
Nos multimercados, os resgates somaram R$ 61,8 bilhões, revertendo saldo positivo de R$ 89,9 bilhões. Já os fundos de ações, por sua vez, viram as saídas líquidas saltarem para R$ 49,5 bilhões, ante retiradas de R$ 3,8 bilhões um ano antes.
Mesmo os fundos de renda fixa, com captação líquida de R$ 88,8 bilhões, tiveram queda de 25%.
“Vemos um movimento de migração dos fundos de renda fixa para outros produtos de mesma categoria, principalmente aqueles que oferecem isenção de imposto de renda, como LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio)”
explicou o vice-presidente da Anbima, Pedro Rudge, em comunicado à imprensa nesta quarta-feira.