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Berkshire Hathaway relata prejuízo de US$43,8 bi no 2º trimestre

Ao final do segundo trimestre deste ano, a Berkshire Hathaway, empresa comandada pelo bilionário Warren Buffett, registrou um prejuízo de US$43,8 bilhões, influenciado principalmente pela queda nos preços das ações norte-americanas.

Por outro lado, com o desempenho em resseguro e da ferrovia BNSF compensando uma perda na seguradora de automóveis Geico, onde a escassez de peças de automóveis e os preços mais altos dos veículos elevaram perdas por acidentes, a Berkshire teve um resultado operacional positivo de US$9,3 bilhões.

Atualmente, a Berkshire é dona de dezenas de negócios, incluindo empresas com rendimentos estáveis, como a empresa de energia homônima, várias seguradoras e indústrias, bem como marcas de consumo conhecidas, como Dairy Queen e Duracell.

Com o aumento das taxas de juros e o pagamento de dividendos, as unidades de seguros da companhia conseguiram gerar mais dinheiro com os investimento. Paralelamente, o fortalecimento do dólar norte-americano impulsionou o lucro dos investimentos em dívida da empresa na Europa e no Japão.

Embora tenha encerrado junho com US$105,4 bilhões em caixa e equivalentes que ainda poderia usar, a Berkshire desacelerou suas compras de ações. O resultado líquido da Berkshire sofreu com uma perda de US$53 bilhões da área de investimentos e derivativos.

Pela reputação de Buffett, juntamente com o fato de que os resultados das dezenas de unidades operacionais do conglomerado muitas vezes refletem tendências econômicas mais amplas, os investidores passam a observar a empresa com mais atenção.

No relatório trimestral, a companhia afirmou que perturbações significativas nas cadeias de suprimentos e custos mais altos persistiram” à medida que surgem novas variantes do Covid-19 e por causa de conflitos geopolíticos, incluindo a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Porém, a empresa assegura que as perdas diretas não foram relevantes, apesar do impacto dos custos mais altos de matérias-primas, frete e mão de obra.

As ações de três grandes empresas que a Berkshire tem participação – Apple, Bank of America e American Express – caíram mais de 21% cada, em comparação com um declínio de 16% no índice de ações de referência S&P 500.

No momento, Buffett pede aos investidores que ignorem as flutuações, afirmando que a empresa ganhará dinheiro se as ações subirem com o tempo.

Comparação com 2020

Naquele ano, a Berkshire registrou um prejuízo de quase US$50 bilhões no primeiro trimestre com a pandemia, mas apurou um resultado positivo de US$42,5 bilhões no ano inteiro.

O prejuízo líquido trimestral foi equivalente a 29.754 dólar por ação Classe A, comparado a um lucro líquido de 28,1 bilhões de dólares, ou 18.488 dólares por ação Classe A, um ano antes.

O lucro operacional somou 9,28 bilhões de dólares, ou cerca de 6.326 dólares por ação Classe A, alta de 39% em relação aos 6,69 bilhões de dólares, ou 4.424 dólares por ação Classe A, um ano antes. Os ganhos cambiais sobre a dívida externa totalizaram 1,06 bilhão de dólares.

Apenas US$1 bilhão foram recomprados das próprias ações da Berkshire, ficando baixo dos US$3,2 bilhões no primeiro trimestre.

Agora, a Berkshire espera concluir sua aquisição de 11,6 bilhões de dólares da seguradora Alleghany no quarto trimestre.

Entre em contato com a redação Money Crunch: [email protected]

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