Independente de qual nível de experiência e formação, o conhecimento é um aliado essencial para o investidor que planeja se manter investidor por toda a sua vida.
Além de acompanhar as diferentes classes de ativos, e se manter a par dos cenários macroeconômicos de países ao redor do mundo, o investidor nunca deve parar de aprender. Esta máxima é uma das principais lições de Warren Buffett, um dos maiores investidores da atualidade e com um patrimônio que ultrapassa os US$100 bilhões.
Neste artigo, o Money Crunch montou uma seleção de 5 lições que os megainvestidores têm a dar para aqueles que desejam acumular capital e, principalmente, acumular valor ao longo de sua trajetória no mercado.
1. Seja consistente no longo prazo – Warren Buffett
Aos 11 anos, Warren Buffett fez sua primeira operação na Bolsa de Valores. Comprou ações da empresa Cities Services, que atuava na área de refino e distribuição de combustíveis, por US$ 38. Pouco tempo depois, o preço dos papéis desabou para US$ 27, mas Buffett decidiu não vender. Assim que o preço voltou a subir e bateu os US$ 40 ele realizou seu primeiro (e pequeno) lucro na Bolsa.
No entanto, ele se arrependeu da venda e levou o exemplo como aprendizado sobre a importância do buy and hold (comprar e segurar). Isso porque poucos anos mais tarde, as ações da empresa já valiam mais de US$ 200.
A Berkishire Hathaway, empresa de investimentos de Buffett, reflete seu jeito de pensar e atuar no mercado financeiro, sempre priorizando a consistência no longo prazo.
Ao longo dos anos, ele foi comprando ações de companhias que julgava serem negócios sólidos, com muito potencial de crescimento e um preço abaixo do seu valor intrínseco. Com esta estratégia, durante muitas décadas, Buffett conseguiu um retorno médio anualizado de 20%, o que o colocou como um dos maiores investidores da história.
2. Aprenda a diferenciar preço de valor – Warren Buffett
Buffett é um dos nomes mais importante do Value Investing, estratégia de investimentos que foca em negociadas por preços menores do que realmente valem.
Os investidores que seguem essa estratégia – chamados de value investors – estão em busca de ações subvalorizadas, garantindo sempre uma margem de segurança para os seus aportes.
Mas, essa estratégia não se resume apenas a garantir ações por preços menores, e sim construir um portfólio com empresas das quais o investidor confia e acredita que irá se valorizar consistentemente com o tempo.
E é isso que Warren Buffett fez ao longo de toda a sua jornada como investidor.
Buffett demonstra que o preço é o quanto você paga por algo, porém, o valor está relacionado com as características do produto e a sua importância. Ao comprar uma ação, o ideal não considera apenas o preço, pois ele pode variar constantemente.
O valor é o que realmente importante, já que está vinculado a atuação daquela determinada companhia.
Em outras palavras, o preço é o que você paga, valor é o que você leva.
3. Tenha um pensamento de segundo nível – Howard Marks
De acordo com Howard Marks, fundador da Oaktree Capital, gestora de recursos especializada em ativos de risco e muito respeitada por sua capacidade de entregar resultados consistentes de longo prazo – mesmo investindo em papéis de alta volatilidade -, o investidor precisa saber construir um pensamento de segundo nível, ou seja, ir em busca de uma performance e compreensão acima dos índices médios do mercado.
Conhecido por ter uma filosofia de investimentos que diz muito sobre a noção de ciclos e gestão de riscos, Marks defende que o investidor que consegue construir uma abordagem intuitiva, adaptável e, principalmente, mais perceptiva, certamente conseguirá atingir o sucesso.
O pensamento de segundo nível deve levar em conta diferentes fatores, variáveis e possíveis resultados futuros. Portanto, é profundo e complexo, demonstrando que lidar com investimentos é o oposto de simplicidade.
Como consequência, ao passar a ter esse tipo de visão, o investidor estará fugindo da manada, das euforias otimistas e pessimistas do mercado – que muitas vezes não são guiadas por uma análise complexa e que leve em consideração os indicadores mais apropriados.
4. Encare a realidade – Ray Dalio
Ray Dalio é fundador sócio do Bridgewater Associates, o maior fundo hedge do mundo. Com um patrimônio bilionário, é conhecido pelo livro “Princípios”, no qual compartilha diversos fundamentos que o ajudaram a conseguir sucesso nos investimentos.
Entre esses princípios, Dalio destaca bastante a necessidade de ser realista. Segundo ele, encarar a realidade ao invés de criar ilusões é essencial para que se possa lidar com ela da melhor forma possível.
Neste sentido, faz parte deste processo aprende tomar decisões com base no racional, não nas emoções.
Dalio demonstra que o problema de tomar decisões com base nas emoções é que os seus sentimentos podem impactar a forma que se enxerga os problemas. Com isso, você pode tomar decisões que depois irá se arrepender.
5. Esteja atento (a) às inovações – Cathie Wood
Com uma fortuna de aproximadamente US$60 bilhões, Cathie Wood é CEO e CIO da gestora de investimentos global ARK, com mais de US$ 10 bi sob gestão.
Ao longo dos seus 40 anos de experiência no mercado, Cathie construiu uma estratégia de investimentos diferenciada, focada principalmente em inovação.
A gestora na qual Cathie é CEO e CIO aplica majoritariamente em negócios que incluem inovações tecnológicas e devem provocar uma disrupção em diversos setores da economia.
Portanto, Cathie levou para o seu negócio um fundamento cujo qual sempre fez parte de sua visão de mundo: estar atenta às inovações, e como elas podem transformar os seus respectivos mercados.
Estudando o mercado, Cathie demonstra que é possível encontrar boas oportunidades de investimento, e muitas dessas boas oportunidades estão em setores em plena inovação, como robótica, tratamentos genômicos, big data, inteligência artificial, computação em nuvem, fintechs e criptoativos.
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