No ramo de startups de biotecnologia que trabalham com alimentos produzidos dentro de laboratórios, a Gourmey é um dos casos que se destacam no desenvolvimento de alimentos que substituem a carne animal.
Baseados em células, ingredientes como bucho de peixe, barbatana de tubarão e bexiga natatória são alguns exemplos que atualmente estão sendo feitos por estas startups.
Além de colaborar para a redução do preço, a produção dos ingredientes em laboratório contribui para a diminuição de um comércio ilícito – muitas vezes procurado como alternativa por aqueles que não conseguem pagar.
A cultivação de células de animais em grande quantidade em laboratórios é feita com o objetivo de tentar proporcionar o sabor e textura de carne ou peixe convencionais.
No caso de ingredientes gourmet, a diferença de preços entre as versões de laboratório e as convencionais pode ser menor, mas ainda existem barreiras regulatórias a ser superadas. Até o momento, Cingapura é o único país que aprovou a comercialização de carne de laboratório.
Segundo Mirte Gosker, diretora-gerente interina do Good Food Institute Asia Pacific, organização sem fins lucrativos que promove proteínas alternativas, à medida que a indústria cresce, porém, as versões de laboratório poderão se tornar muito mais acessíveis.
Um exemplo desta área é a Avant Meats, start-up sediada em Hong Kong que produz filés de peixe
cultivados em laboratório. Apesar de não ser comercializado ainda, desenvolveu um bucho de peixe à base de células.
Carrie Chan, chefe-executiva da star-up, conta que várias redes de restaurantes manifestaram interesse, motivados em parte por preocupações com a sustentabilidade e também pelo potencial de gerenciamento de custos.