“O conhecimento verdadeiro é reconhecer que você não sabe nada”.
Essa é uma das frases que mostram a humildade do investidor e vice-presidente da Berkshire Hathaway, Charlie Munger, conhecido por ser o braço direito de Warren Buffett há décadas.
Ao lado de Buffett, Munger é uma das maiores e mais referenciadas personalidades do mercado financeiro. Atualmente com 98 anos de idade, sua fortuna é contabilizada em torno de US$2,2 bilhões.
Charlie é natural da cidade de Omaha, localizada no estado norte-americano do Nebraska. Nascido em 1º de janeiro de 1924, conhece a família de Warren Buffett desde bem cedo, já que durante a adolescência trabalhou na Buffett & Son, mercearia que pertencia ao avô de Warren.
Aos 19 anos, se matriculou para cursar matemática na Universidade de Michigan, mas teve de abandonar o curso em 1943 para servir o Corpo Aéreo do exército norte-americano durante a Segunda Guerra Mundial – onde permaneceu até 1946.
Durante o tempo no exército, estudou física e metereologia no California Institute of Technology (Caltech), localizado na cidade de Pasadena, no estado da Califórnia. Após se formar metereologista, foi condecorado com o posto de segundo-tenente.
Também foi nessa época em que ele conheceu sua primeira esposa, Nancy Huggins, com quem se mudou posteriormente para Boston com o intuito de frequentar a Harvard Law School, onde se formou advogado.
O ano de 1953 marcou o processo de divórcio de Charlie e Nancy Huggins, culminando na perda da casa da família situada em Pasadena. Logo após, Teddy, o mais velho dos três filhos do casal, com 8 anos, foi diagnosticado com leucemia.
Pouco estudada e debatida na época, a doença afetou drasticamente a saúde do garoto, que chegou a perder a visão e, após um ano do diagnóstico, veio a falecer.
Muitos enxergam esse período como um momento de virada na vida de Charlie, que passou a se reconstruir paulatinamente.
Em 1959, se casou novamente, dessa vez com Nancy Barry, e retornou para a sua cidade natal, local onde teve a sorte de conhecer aquele que futuramente construiria ao seu lado o maior e mais importante conglomerado empresarial do mercado financeiro.
O encontro de Charlie Munger e Buffett
Charlie e Warren se encontraram pela primeira vez em um jantar de boas-vindas do Johnny Café. Porém, a trajetória profissional de Munger começou logo após sua formação na Harvard Law School, trabalhando no escritório Wright & Garrett por um curto período.
A partir de 1962, ao lado de Jack Wheeler, passou a dedicar seu trabalho aos investimentos, com a criação de uma sociedade própria, a Wheeler, Munger e Company. Até 1975, o fundo teve um bom desempenho, com retorno anual de 19,8%
Porém, mesmo com uma boa rentabilidade, a empresa enfrentou perdas de 32% em 1973 e 31% em 1974, fazendo com que os investidores ficassem cada vez mais receosos em manter seus aportes.
Então, em 1978, Munger liquida a empresa e passa a cooperar definitivamente com Warren Buffett, se tornando vice-presidente da Berkshire Hathaway, a maior empresa de serviços financeiros do mundo e o décimo conglomerado por receita.
Considerado como um dos principais responsáveis a incorporar a perspectiva de qualidade ao pensamento de Buffett, Charlie Munger é adepto à estratégia de investimentos conhecida como “Value Investing”, que prioriza a compra de ações de empresas com boa rentabilidade, governança adequada e vantagens competitivas, e tudo isso por preços atrativos.
Com a tática de “buy and hold”, que consiste em adquirir ações subvalorizadas e “segurá-las” por mais tempo na carteira, Munger foca em minimizar seus riscos através de um portfólio mais reduzido, mas bem premeditado e previamente calculado.
Munger defende a ideia de que ao comprar uma ação, o investidor se torna dono de uma parte daquela empresa, então, deve conhecer bem o terreno que está lidando e quais seus objetivos.
Além da Berkshire Hathaway, de 1984 a 2011 Charlie foi presidente da Wesco Financial Corporation, atual subsidiária da Berkshire, e atuou como presidente do Daily Journal Corporation.
Como filantropo, tem a tradição de contribuir com instituições jurídicas, como a Stanford Law School, para qual já doou US$43,5 milhões, e a University of Michigan Law School, que recebeu US$3 milhões.
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