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Grupo Petrópolis, dono das cervejas Itaipava e Crystal, pede recuperação judicial

No início dessa semana, o Grupo Petrópolis, dono das marcas Itaipava, Crystal e Petra, dentre outras, entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio.

Ontem (28), a 5ª Vara Empresarial da Justiça do Rio deferiu uma medida cautelar para antecipar os efeitos da recuperação judicial pleiteada pelo grupo do setor de bebidas da Região Serrana. 

A decisão impediu a cobrança de dívidas do grupo e também nomeou os administradores judiciais.

Os administradores do plano serão a Preserva-Ação e o Zveiter Advogados, a mesma dupla responsável pela recuperação fiscal da Americanas.

Segundo a petição em que pediu recuperação, o Grupo Petrópolis enfrenta uma crise de liquidez há 18 meses decorrente da redução de receita.

As dívidas da companhia somam R$ 4,2 bilhões, segundo sua defesa. Desse total, 48% são financeiras e 52% com fornecedores e terceiros.

Além da medida para antecipar os efeitos da recuperação, a Justiça também concedeu ao grupo uma tutela cautelar de urgência que determinou a liberação dos recursos da companhia pelo Banco Santander, Fundo Siena, Daycoval, BMG e Sofisa.

A empresa afirmava que a tutela era urgente para evitar o “iminente estrangulamento do fluxo de caixa”.

O  vencimento de uma parcela de R$ 105 milhões de uma operação financeira poderia acarretar o vencimento antecipado de toda a dívida, comprometendo o caixa e as operações do grupo de forma imediata.

O advogados argumentam:

“Este pedido de recuperação judicial está sendo ajuizado em regime de urgência, para evitar os gravosos e nefastos efeitos que o vencimento de parcela ‘bullet’, no valor de R$ 105 milhões, decorrente da operação em anexo. Essa parcela vence hoje, dia 27.03.2023, e seu inadimplemento provocará o vencimento antecipado das demais operações existentes com a casa bancária, resultando na pronta liquidação dos recursos travados na conta vinculada e tentativa de apropriação dos recebíveis do Grupo Petrópolis que ira o ingressar na referida conta nas próximas semanas”.

Além de tudo isso, o Grupo Petrópolis afirmou que o aumento dos juros básicos da economia, que atualmente está em 13,75%, vem gerando um impacto de aproximadamente R$ 395 milhões por ano no fluxo de caixa do grupo.

“A combinação desses fatores, exógenos e alheios ao controle das requerentes, gerou uma crise de liquidez sem precedentes no Grupo Petrópolis, que comprometeu seu fluxo de caixa a ponto de obrigá-lo a buscar a proteção legal com o ajuizamento deste pedido de recuperação judicial”, diz um trecho da petição.

Entre em contato com a redação Money Crunch: [email protected]

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