Na semana passada, a fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, na região do ABC Paulista, anunciou a demissão de 3,6 mil funcionários por conta da reestruturação pela qual pretende passar. Com a decisão, os trabalhadores declararam greve.
Instalada no Brasil há mais de 65 anos, a unidade tem cerca de 10,4 mil empregados. A reestruturação vai afetar 2,2 mil trabalhadores diretos e 1,4 mil temporários. A produção foi paralisada após a assembleia realizada na tarde da última quinta (8), mas foi retomada hoje (12).
Segundo o sindicato dos trabalhadores, haverá reunião amanhã (13) com a empresa, para iniciar negociações.
Em nota, a Mercedes-Benz destacou que “as discussões que impactam diretamente nossos colaboradores serão objeto de ampla negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC”.
A empresa explicou que a reestrturação é necessária porque a fábrica vai terceirizar alguns processos de produção. O objetivo é focar na fabricação de “caminhões e chassis de ônibus e no desenvolvimento de tecnologias e serviços do futuro”.
“Vamos deixar de produzir internamente alguns componentes e deixar de exercer atividades que podem ser realizadas por outras empresas parceiras”
afirma o comunicado da Mercedes
Entre os serviços que serão eliminados da fábrica de São Bernardo estão:
- logística;
- manutenção;
- fabricação e montagem de eixos dianteiro;
- fabricação e montagem de transmissão média; ferramentaria; e
- laboratórios.
Além disso, a montadora afirmou que a preferência é pela contratação de empresas “na região do Grande ABC, em compromisso com a nossa comunidade local”.
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