Como reação ao anúncio de que Elon Musk estava desistindo da compra do Twitter – alegando supostas violações do acordo por parte da rede social, feito na última sexta-feira (8), a plataforma da publicou no domingo (10), uma carta endereçada à equipe jurídica do bilionário, com cópia para a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), contestando as alegações de Musk.
A carta foi redigida pelo escritório de advocacia Wachtell, Lipton, Rosen & Katz, e afirma que Musk não poderia ter desistido do negócio de US$ 44 bilhões, garantindo que foi ele e sua equipe que “conscientemente, intencionalmente, propositadamente e materialmente” violaram os termos do acordo.
No texto, o copresidente do departamento de litígios da Wachtell, William Savitt, registrou que a “suposta rescisão é inválida e injusta, e constitui um repúdio às suas obrigações sob o acordo”.
Foram citadas as três cláusulas do contrato que impedem que Musk recuse a compra, e foram, portanto, violadas de acordo com o Twitter.
A primeira delas diz respeito à obrigação que teria Elon Musk de ajudar na preparação de registros regulatórios sobre a aquisição.
Já a segunda refere-se à permissão que o bilionário teria para tuitar sobre a fusão “[…] contanto que tais tweets não depreciem a empresa ou qualquer de seus representantes”.
Esta teria sido infringida no mesmo dia (10), pois Musk tuitou um meme dele próprio zombando do fato de o Twitter ter que compartilhar informações sobre bots no tribunal.
A terceira violação é referente ao dever de ajudar a aumentar a captação dos recursos de US$ 44 bilhões (R$ 238 bilhões) para saldar o acordo.
A agência de notícias Reuters divulgou que o Twitter já teria contratado o escritório Wachtell, Lipton, Rosen & Katz para entrar com uma ação contra Musk no Tribunal de Chancelaria de Delaware nos próximos dias.