Nesta quinta (21), o regulador do ciberespaço da China multou a empresa Didi Global, gigante do setor de transportes, em 8 bilhões de iuanes (US$ 1,2 bilhão), após constatar violação das leis de segurança cibernética e de dados pela companhia, pondo fim a uma investigação de um ano sobre a gigante de caronas.
Anunciada como a resposta da China ao Uber, Didi é uma empresa de transporte que fornece veículos e táxis por aluguel por meio de aplicativos e smartphones.
Em comunicado, a Administração do Ciberespaço da China (CAC) disse que a companhia violou a lei de segurança cibernética do país, a lei de segurança de dados e a lei de proteção de informações pessoais.
Na investigação, foram encontradas “evidências conclusivas” de que Didi cometeu violações “de natureza flagrante”.
A empresa é acusada de armazenar ilegalmente informações de mais de 57 milhões de motoristas, em vez de mantê-las em um formato seguro. As autoridades também acusaram a empresa de ter analisado dados de passageiros sem seu consentimento, incluindo fotos de seus telefones e dados de reconhecimento facial.
As supostas violações de dados de Didi ocorreram durante um período de sete anos a partir de 2015.
Além da multa de US$ 1,2 bilhão, o regulador também impôs uma multa pessoal de 1 milhão de yuans (US$ 147.000) ao CEO da Didi, Cheng Wei, e à presidente Liu Qing, respectivamente. Liu Qing também é conhecido como Jean Liu em inglês.
Juntamente, o regulador também acusou Didi de violações de segurança nacional que não foram detalhadas. Essa multa corresponde a mais de 4% da receita total da empresa no ano passado, que faturou US$ 27,3 bilhões.
A empresa disse que “aceita a decisão” e irá cumpri-la, de acordo com um comunicado publicado nas redes sociais.
Esta é a multa mais alta imposta a uma empresa de tecnologia chinesa desde que a gigante do comércio eletrônico Alibaba foi multada em US$ 2,75 bilhões em abril de 2021 por práticas anticompetitivas.