No último domingo (17), a Boeing reduziu sua projeção de demanda para a indústria global de aviões nos próximos 20 anos. Porém, espera que as entregas fiquem estáveis, excluindo o mercado russo.
Ao longo das próximas duas décadas, as companhias aéreas em todo o mundo precisarão de 41.170 novos aviões, com metade das entregas representando substituição de frota.
Desse contingente projetado pela Boeing, as aeronaves de corredor único devem corresponder a cerca de 75% da demanda.
As novas projeções ficaram abaixo da previsão anterior, que foi de 43.610 entregas em 20 anos.
Para o mercado russo, a estimativa é de 1.540 aviões, devido à guerra na Ucrânia e à incerteza sobre quando os fabricantes poderão voltar a vender aviões para aéreas russas.
Na projeção ajustada para 10 anos, a Boeing elevou ligeiramente sua previsão de demanda para 19.575 entregas de aviões – uma estimativa maior mesmo excluindo o mercado russo.
Até 2041, a expectativa é de que a frota global das companhias aéreas quase dobrará, já que a companhia ainda vê uma demanda mundial de aviação se recuperar da Covid-19 no início de 2024.
“Nossa visão de recuperação de médio prazo –quando o setor voltar aos níveis de tráfego aéreo global de 2019– permanece praticamente inalterada desde 2020. No geral, ainda vemos o final de 2023, início de 2024 como o momento em que a indústria se recupera totalmente, ou pelo menos o nível de tráfego pré-pandemia”
declarou Darren Hulst, vice-presidente de marketing comercial da Boeing.