Nos últimos meses, serviços gratuitos de vídeo on demand e aparelhos de TV conectada vão ganhando mais espaço nos investimentos publicitários das marcas, enquanto as empresas norte-americanas que dominam o mercado de streaming se preparam para o modelo de negócio no qual há versões de assinatura com veiculação de anúncios.
Atualmente, nomes como Pluto TV, VIX TV e +Favela TV e os sistemas de TV conectada, como da Samsung Ads e LG Channel, atraem usuários com conteúdos gratuitos e publicidade nos intervalos da programação.
Espacialistas mostram que como o espectador brasileiro é receptível ao modelo, portanto, os negócios de streamings e anunciantes podem encontrar um terreno fértil.
Dados da empresa de venda de anúncios Magnite mostram que 75% dos brasileiros utilizam algum serviço de streaming, seja de assinatura paga ou versões gratuitas. Destes usuários, 79% aceitariam mudar de modelo para utilizar um serviço com presença de anunciantes.
Segundo Rafael Pallarés, líder da Magnite na América Latina, as marcas têm utilizado os espaços de streaming gratuitos e TVs conectadas como uma extensão da televisão tradicional, expandindo o alcance da sua mensagem – porém, com um investimento bem menor do que o exigido pela TV linear.
Já para Thiago Fernandes, do diretor executivo de mídia da ID/TBWA, os brasileiros entendem a publicidade como parte da televisão, algo que estaria incorporado à cultura nacional, o que torna o modelo atraente para as marcas.
Quando questionado sobre o papel das plataformas gratuitas, Marx Rodrigues, presidente do +Favela TV (streaming focado em conteúdos para comunidades de periferia no País), é necessário educar os anunciantes sobre o potencial do mercado e mostrar como investir nesses espaços pode ser atrativo para as marcas.
“Ainda é glamuroso anunciar na Rede Globo, mas esse espaço é muito mais caro do que no streaming”.
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