Promessas de lucros fáceis e rápidos, ganhos astronômicos e mudança de vida. O mercado financeiro é muitas vezes citado por “vendedores de sonhos” como uma maneira de encurtar os caminhos para a riqueza e acaba atraindo muitas pessoas com ilusões.
Essa forma de encarar os investimentos, no entanto, distorce seu principal propósito que é o de preservar o capital ao longo do tempo, evitando a perda de valor ocasionada pela inflação e por oscilações da taxa de câmbio, por exemplo.
“Infelizmente, a maioria das pessoas são condicionadas a associar o mercado financeiro a um atalho para riqueza ou a um local onde se coloca aquele ‘dinheiro que se pode perder’. Este tipo de visão geral impede a maioria de entender o propósito do mercado financeiro que é a preservação do capital”, afirma Richard Rytenband, economista e CEO da Convex Research.
A verdade é que aqueles que buscam ganhos rápidos e fáceis se expõem a riscos altíssimos e colocam seu capital em jogo, com grandes chances de perderem tudo.
Este é o oposto da filosofia da Convex Research, que adota uma postura de investimentos convexa – onde as chances de ganhos são grandes e ilimitadas, enquanto a probabilidade de perdas é pequena e limitada.
Importante destacar que isso não quer dizer que os retornos não possam ser elevados, muito pelo contrário. As carteiras da Convex entregam um resultado muito acima da média para seus assinantes, com um risco totalmente controlado.
Sobreviver antes de tudo
“Para obter ganhos consistentes e mudar de patamar, é preciso, antes de tudo, sobreviver”, destaca o CEO da Convex.
A importância desse tipo de filosofia de investimento fica ainda mais clara em momentos turbulentos como os que vivemos no ano passado. Apenas em março de 2020, a Bolsa de Valores brasileira acionou o circuit breaker 6 vezes e as perdas chegaram a 45% em pouco mais de 3 meses.
Muitos investidores que estavam expostos apenas ao mercado acionário amargaram enormes prejuízos em seu portfólio. Afinal, neste tipo de situação, é comum que os menos experientes se desesperem e vendam suas posições na baixa, pensando apenas no preço da ação e não no seu real valor de mercado.
Isso sem falar naqueles que operavam alavancados (com capital superior ao que realmente possuem) ou os que especulavam no mercado de derivativos sem nenhum tipo de proteção. Para estes, os prejuízos foram ainda mais acentuados – muitos perderam tudo o que tinham e mais um pouco.
Mas não pense que foram apenas investidores pessoa física que tiveram perdas significativas no crash do ano passado. Muitos fundos de investimentos sofreram fortes baques e tiveram perdas de bilhões de reais.
Todas estas atitudes que visam apenas o lucro e que deixam o investidor muito exposto aos riscos fatalmente irão tirá-lo do jogo em algum momento.
“Adote princípios de investimentos que priorizem a sobrevivência, respeitem os ciclos do mercado e se mantenha sempre preparado para aquilo que ainda não aconteceu.
Não temos como prever o mercado, mas podemos ser humildes perante seus sinais e com isso gerenciar nossa exposição ao longo do tempo”, conclui Rytenband.