Na última segunda-feira (8), a Loggi, companhia de entrega de encomendas, anunciou a demissão de aproximadamente 15% do corpo de funcionários, juntamente com o atual diretor financeiro, Thibaud Lecuyer, assumindo a presidência da empresa.
Em comunicado, a Loggi disse que “a redução de seu quadro de funcionários faz parte de um conjunto de ações de aumento de eficiência operacional tomadas nos últimos seis meses para adaptar a companhia ao novo cenário global e garantir a sustentabilidade do negócio”.
Na questão da troca do comando, Lecuyer substituirá Fabien Mendez, um dos cofundadores da Loggi.
A Loggi está entre as startups que, nos últimos anos, se beneficiaram de grandes aportes, por conta da redução das taxas de juros, adotada por bancos centrais em todo o mundo para manter a atividade econômica aquecida durante a pandemia, e da digitalização forçada da população, que se bancarizou e impulsionou de aulas a distância a compras pela internet – segmentos de atuação de muitas startups.
Porém, a volta das atividades presenciais traz questionamentos sobre o desempenho futuro das empresas de tecnologia, já que não se sabe se os hábitos online que as pessoas adotaram na pandemia, como o uso do ecommerce, serão mantidos.
Paralelamente, os juros vêm sendo ajustados na tentativa de frear a inflação global, que não dá sinais de alívio. O resultado é escassez de dinheiro para aportes e pressão dos investidores por lucro. Mas, por outro lado, oportunidades de negócio para companhias que querem adquirir startups por preços mais baixos.
Entre em contato com a redação Money Crunch: [email protected]