A Petrobras promoveu mais um aumento no preço médio do querosene de aviação (QAV), agora em torno de 3,9%, nos pontos de abastecimento da estatal.
Conforme dados da Abear, associação que reúne as empresas aéreas brasileiras, na unidade de Paulínia (SP), o QAV passou a custar 5.853 reais por metro cúbico em julho, ante 5.631 reais em junho.
Já em Duque de Caxias (RJ), cidade próxima ao terminal do aeroporto internacional Galeão, o valor do combustível foi para 5.812 reais por metro cúbico, contra 5.597 reais no mesmo comparativo.
Em Betim (MG), o preço saiu de 5.679 reais para 5.902 reais.
No acumulado dos meses de janeiro a julho, o QAV avançou 70,6%. Em todo o ano de 2021, o combustível usado por aeronaves teve uma expressiva alta de 92%.
O salto ocorre em meio a um movimento do governo federal e dos Estados para redução de impostos no intuito de pressionar os preços nas bombas.
Na visão de Eduardo Sanovicz, presidente da Abear, a redução de ICMS incidente sobre combustíveis, que também alcança o querosene de aviação, tem impacto pequeno sobre o valor do QAV.
“Hoje, mais de 40% do valor do bilhete (passagem aérea) é só para pagar o custo do bilhete e daqui a pouco chega em 45%. Antes, era um terço do valor da tarifa”
afirmou o executivo
Eduardo também teceu críticas à política de paridade de preços adotada pela Petrobras.
“Política de paridade internacional é algo que não existe nesse mercado de QAV, visto que 90% é produzido aqui no país. Mas cobram como se o QAV tivesse sido importado, viajado milhas e milhas, cobra-se frete, logística, estoque, perda, seguro e muito mais”