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Países da UE aprovam projeto que encerra venda de novos carros a combustão até 2035

Durante a madrugada desta quarta-feira (29), os 27 países membros da União Europeia aprovaram o projeto do Executivo comunitário para encerrar a venda de carros novos a combustão até 2035 e reduzir as emissões a zero.

A proposta foi anunciada pela Comissão Europeia em julho do ano passado e deve contribuir para alcançar os objetivos climáticos do continente, em particular a neutralidade carbônica no horizonte de 2050.

A pedido de alguns países, como Alemanha e Itália, os 27 concordaram em contemplar a futura admissão de tecnologias alternativas como combustíveis sintéticos ou motores híbridos recarregáveis se permitirem a eliminação total das emissões de gases de efeito estufa.

Reunidos em Luxemburgo, os ministros do ambiente europeus também prorrogaram por cinco anos, até ao final de 2035, as isenções de emissões concedidas aos fabricantes de nicho ou àqueles que produzam menos de dez mil veículos por ano.

A cláusula, muitas vezes chamada de “emenda Ferrari”, beneficiará particularmente as marcas de luxo.

As medidas serão agora negociadas com os eurodeputados, que este mês também se posicionaram sobre as propostas do executivo europeu.

Segundo Agnès Pannier-Runacher, ministra francesa da Transição Ecológica que presidiu a reunião da última terça-, a medida constitui um grande desafio para a indústria automobilística francesa.

Ela salientou também que é uma necessidade face à concorrência chinesa e americana que tem apostado fortemente nos veículos elétricos, considerados o futuro da indústria.

Em entrevista coletiva, Frans Timmermans, vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo Pacto Verde, declarou que a esmagadora maioria dos fabricantes de automóveis escolheu os veículos elétrico. Porém, ao mesmo tempo, ele destacou que a porta está aberta para outras tecnologias.

“Somos tecnologicamente neutros. O que queremos são veículos com emissão zero. Atualmente, os combustíveis verdes não parecem uma solução realista, mas se os fabricantes conseguirem provar o contrário no futuro, estaremos abertos.”

disse Timmermans

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