Segundo considerações feitas por porta-vozes da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) durante a última Assembleia Geral, o setor aéreo provavelmente terá um prejuízo de quase US$10 bilhões em 2022 – o equivalente a quase um quinto do registrado no ano passado.
Ao total, as perdas deste ano deverão alcançar US$9,7 bilhões (R$50 bilhões), ante US$42,1 bilhões (R$217 bilhões), registrados em 2021.
A melhora nas projeções se deve à forte recuperação da demanda por viagens, mesmo com os recentes problemas causados pela falta de mão de obra em diversos aeroportos no mundo.
Durante a assembleia, considerou-se que, partindo do fato de que a retomada do transporte aéreo ainda esbarra em problemas estruturais, o mais urgente é a falta de mão de obra para atender a demanda por viagens aéreas no hemisfério Norte.
Além da escassez de trabalhadores, a alta da inflação, que beira os dois dígitos nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o crescimento menor do Produto Interno Bruto (PIB), a forte alta dos preços da energia e a guerra na Ucrânia são os grandes desafios para o período de retomada pós-pandemia.
Na visão de Willie Walsh, diretor-geral da Iata, a guerra na Ucrânia “desestabilizou a globalização, ameaçou o abastecimento mundial de alimentos e recriou uma divisão geopolítica não vista desde a Guerra Fria”.
No momento, um de seus maiores receios é de que o conflito prolongado coloque mais pressão nas restrições de viagens entre países, além de aumentar os custos com combustíveis.