Após um ano, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) determinou novamente que a Netflix pare de usar a tecnologia de compressão de vídeos em alta definição da DivX.
Com ela, a plataforma de streaming conseguia entregar vídeos com mais velocidade para o seu mercado brasileiro sem sacrificar a qualidade de imagem, possibilitando resoluções até 4K.
A liminar que á determinava o fim do uso de tal tecnologia pela Netflix foi derrubada no ano passado, mas voltou a valer.
O prazo para que a Netflix parasse de usar a ferramenta era até a última sexta-feira (24). Caso contrário, teria de pagar uma multa de R$ 50 mil por dia.
Na parte da DivX, a Netflix está sendo acusada de quebrar sua patente para oferecer conteúdo em alta definição no mercado brasileiro sem ter licença para isso. A desenvolvedora de software provou o uso da sua tecnologia através de cinco pareceres técnicos apresentados ao TJRJ.
Segundo Carlos Aboim, advogado da Divx, “ir à Justiça foi o recurso encontrado para proteger novos investimos no desenvolvimento dessa e novas tecnologias”.
Como resposta, a Netflix nega o uso da tecnologia de compressão, mas também afirma que terá grandes prejuízos com a determinação do Tribunal de Justiça.
A mudança não trará prejuízos para os usuários da plataforma, mas vem à tona em um momento não tão favorável para a empresa, já que, após perder assinantes, realizou múltiplas demissões e está trabalhando em um novo plano gratuito.