No caso do Brasil, o “Risco-Brasil” considera as particularidades da economia, sociedade e política nacionais. Países como Argentina, México, Rússia, África do Sul e Polônia também contam com uma ideia de risco-país.
Criado em 1992 pelo banco norte-americano J.P. Morgan, o mesmo responsável por desenvolver o índice EMBI+ que mede o risco em economias de países emergentes, o termo “Risco-país”, consiste no grau de confiança que o mercado financeiro possui sobre a economia e capacidade de pagamento de uma determinada nação.
Este conceito é essencial para investidores estrangeiros, já que ter conhecimento da situação social, política e econômica de um país fornece a capacidade de mensurar as vantagens e desvantagens de realocar ativos naquele mercado.
De acordo com a formulação proposta pelo conceito, quanto maior for esse risco, mais altas serão as taxas de juros que o país se vê obrigado a pagar a investidores como forma de atrair capital. Porém, por outro lado, o custo de sua dívida em momentos de captação de recursos externos como financiamento também será maior.
Medido por indicadores como o EMBI+ e CDS (Credit Default Swap), o risco-brasil possui sua alta histórica dos últimos 5 anos durante o segundo semestre de 2021, influenciada diretamente por situações de risco fiscal, inflação em alta, instabilidade no campo político e crise hídrica e energética.
Como forma de se proteger contra o Risco-Brasil, Richard Rytenband, economista e CEO da Convex Research, recomenda a diversificação do portfólio em mercados globais, de forma que o seu patrimônio não esteja totalmente submetido ao contexto social, político e econômico de apenas uma nação.
“Desde bem cedo, meu pai me apresentou o chamado risco-Brasil, mostrando que mesmo que apareçam muitas oportunidades no país, para sobreviver no longo prazo, o patrimônio precisa estar diversificado globalmente, com boa parte em moeda forte. Caso contrário, em algum momento, o ‘Brasil te pega’”.
O economista destaca que ao longo da história existem muitos exemplos de como o risco-Brasil afeta negativamente todo ambiente de negócios. “Tivemos planos econômicos mirabolantes, confisco, inflação elevada, mega desvalorizações da moeda nacional e todo tipo de intervenção na economia. Enfim, tudo que prejudica a economia real e dilapida o patrimônio dos investidores”, afirma.
Por isso, ele aponta a necessidade dos investidores brasileiros manterem o patrimônio diversificado de forma global e estruturado de maneira convexa, sempre se protegendo de grandes crises.
“Quando se trata do seu patrimônio, jamais abaixe a guarda”, aconselha Rytenband.
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