Durante seu discurso feito no Construsumitt 2022, evento que ocorreu esta semana em Florianópolis (SC), o CEO da Netspaces, Andreas Blazoudakis, disse que tokenização de ativos imobiliários está revolucionando um mercado global de US$ 400 trilhões e nos próximos dez anos anos responderá por 8% a 10% dele.
Segundo executivo, até 2032, aproximadamente US$ 40 trilhões em imóveis terão registros digitais em NFT , proporcionando a proprietários e compradores recursos novos no sistema de registros cartoriais.
A tokenização de ativos imobiliários permite a compra e venda de imóveis em tempo real, diminuindo os custos de transferência de propriedade e oferecendo mais segurança e transparência nos processos de compra e venda, flexibilização das regras de financiamento e fracionamento de imóveis, afirmou o CEO da Netspaces.
A Netspaces tem se destacado como uma das pioneiras neste novo modelo de negócios, que Blazoudakis compara à reinicialização de um sistema digital, ou “reset”, já que permite que a propriedade se torne digital ao espelhar a real em um NFT.
“Hoje, todas as plataformas imobiliárias parecem ser digitais, mas elas se apoiam em um processo que é todo baseado em documentos em papel, que é o nosso sistema de registro de bens e propriedades. É um sistema eficiente, mas ele foi criado em 1864 e até hoje mantém os mesmos alicerces, que resultam em uma série de ineficiências. Com a tokenização, a propriedade analógica vira propriedade digital, por isso que eu chamo de reset.”, explicou o CEO.
Ainda, em sua apresentação Blazoudakis afirmou que a transposição dos registros de propriedade do papel para ativos digitais foi proporcionada pelos avanços tecnológicos introduzidos pela Web3 através da tecnologia blockchain.
De acordo com ele, a Web3 é a internet do valor, na qual os usuários têm acesso mediante a conexão de uma carteira digital em ambientes digitais.
Diversas ineficiências do sistema dominante são eliminadas com a tokenização, como a concentração de capital em ativos restritos, acesso limitado ao crédito, barreiras para aquisição de propriedades por estrangeiros, falta de liquidez, lentidão do processo de compra e venda e o armazenamento dos registros de propriedade off-line.