Segundo informações dadas pelo Escritório de Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO, na sigla em inglês), a UE está desenvolvendo uma blockchain própria, com foco no combate à pirataria de produtos.
Os arquivos da rede em questão serão utilizados como método de validação de produtos reais vendidos no território, com a posse destes artigos pelo usuário sendo registrada na blockchain e funcionando como um certificado de autenticidade.
O projeto é resultado de estudos que o bloco econômico vem conduzindo desde o ano de 2017. Após desenvolvimentos, convites à sociedade civil e um trabalho combinado entre diferentes agências do governo, a ideia é que a tecnologia esteja disponível no final do ano que vem.
De acordo com o EUIPO, o plano é que os fabricantes de artigos criem tokens únicos para cada um de seus itens. Esses ativos serão transferidos aos clientes no momento da venda, podendo ser registrados em carteiras de NFTs comuns.
Neste caso, servirão como “um gêmeo digital” do produto físico, nas palavras da diretora de serviços da organização, Claire Castel.
Além disso, a UE pretende que o identificador siga sendo repassado ao longo da jornada do artigo. Embora qualquer tipo de item poderá se beneficiar da tecnologia, o projeto é mais voltado para produtos de alto valor ou colecionáveis, que trariam consigo esse interesse em revenda e certificação de autenticidade.
A vantagem para os fabricantes será nos recalls de unidades. Em caso de problemas de fabricação, haverá uma plataforma de comunicação via blockchain, que permitirá um contato direto com os compradores.
Com isso, poderão ser criados programas de fidelidade ou clubes exclusivos para os proprietários de um determinado artigo, bem como o envio de ofertas específicas para ele, cujo interesse em determinados temas fica claro.
Tanto lojistas quanto usuários poderão a plataforma de NFT e a carteira a ser usada, enquanto a blockchain funcionará a partir da estrutura tecnológica da União Europeia.
No momento, a EUIPO diz que já está conversando com marcas e empresas para colocar o projeto em andamento, com uma ampla fase de testes marcada para acontecer ainda neste ano.
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