Conforme um levantamento mensal do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o turismo nacional faturou R$ 17,6 bilhões em agosto deste ano, a maior movimentação do setor para o mês desde 2015.
Com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no acumulado dos últimos 12 meses, houve aumento de 32,9%.
Entre os segmentos, o destaque foi o transporte aéreo, com crescimento anual de 72,8%. Na comparação com o mesmo período de 2019, anterior à pandemia de covid-19, o setor cresceu 19,9%.
A FecomercioSP apontou que a retomada da demanda pelas famílias por viagens e a inflação no setor foram fatores que impulsionaram o crescimento em 30,6% em agosto.
No acumulado de 2022, o crescimento ocorreu porque tanto as famílias quanto as empresas têm retomado o planejamento de viagens e movimentado toda a cadeia, de forma a aquecer segmentos de lazer e corporativo.
Mesmo com o aumento de 50% das passagens aéreas em um ano, as vendas continuam subindo, com o número de passageiros transportados em agosto chegando a 7,29 milhões de pessoas.
O valor é 30% maior que o registrado no oitavo mês de 2021 e se aproxima dos 7,9 milhões contabilizados no mesmo período de 2019.
As principais altas foram vistas em:
- Meios de hospedagem e alimentação: +23,1%;
- Transportes terrestres (ônibus intermunicipal, interestadual e internacional) e os trens turísticos e similares: registraram um faturamento 16,8% maior;
- Atividades culturais, recreativas e esportivas: +13,3%;
- Transporte aquaviário: +16,5%;
Além disso, a inflação para o turista subiu 24,35% em um ano.
Segundo Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, os resultados positivos são evidências da relevância que o turismo tem no orçamento familiar e das empresas, apesar da inflação.
A clara relação entre disponibilidade de recursos e realização de viagens e eventos deve ser levada em conta nas futuras políticas estaduais e federal para que os efeitos negativos da pandemia sejam substituídos por mais empregos e maior arrecadação”, afirmou a presidente.
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