Durante um debate promovido pela Universidade de Brasília (UnB), na última sexta-feira (29), sobre o sistema eletrônico de votação brasileiro, um servidor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou haver estudos sobre a blockchain que podem ser levados para as eleições.
Segundo ele, essa seria uma das tecnologias que podem ajudar o Brasil a evoluir a segurança do processo eleitoral, garantindo que os votos finais sejam apurados de forma mais confiável.
O atual coordenador de Modernização do TSE, Célio Castro Wermerlinger, explicou haver no TSE o projeto “Eleições do Futuro“, que busca soluções mais eficientes e economicamente viáveis para votação eletrônica. A blockchain é uma dessas opções atualmente em estudo.
Além da blockchain, o TSE conduz estudos de um protocolo de votação fim a fim, uso de criptografia pós-quântica e de chaves compartilhadas.
Nos últimos dias, o TSE apresentou a produção de 225 mil urnas modelo UE2020, a maior fabricação da história dos equipamentos, feita pela empresa Positivo.
Juntamente com Wermerlinger, um dos convidados foi o ministro aposentado Carlos Mário Velloso, que presidia o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quando as urnas foram implantadas no Brasil.
Velloso lembrou que em 1994, quando o voto era em papel, várias fraudes foram detectadas no Rio de Janeiro, o que levou as autoridades a discutirem sobre como mudar essa realidade.
“O TSE percebeu que precisava se engajar na era dos computadores e afastar de vez a mão humana dos votos.”
disse o ex-Ministro
Com apoio de civis e militares, uma comissão foi implantada na época que resultou então na criação da urna eletrônica, utilizada pela primeira vez nas eleições de 1996.
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