O setor de serviços acelerou com força no mês de junho, passando a se igualar ao recorde da série histórica, apesar da pressões nos preços. As informações são da pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da S&P Global, divulgada nesta terça-feira.
O PMI saltou de 58,6, registrado em maio, para 60,8 em junho. O valor se iguala com a taxa mais alta na série histórica, vista em abril de 2007. Em março daquele ano, pesquisa começou a compilar os dados, em meio à entrada quase recorde de novos trabalhos e com a demanda em expansão.
Em relação ao mês de maio, a entrada de novos trabalho cresceu, sendo a mais forte desde maio de 2007. Entre as causas, pode-se destacar a conquista de novos negócios, maior investimento e demanda forte.
Seguidos pelo subsetor de finanças e seguros, os serviços ao consumidor registraram a maior alta nos novos negócios. O aumento, associado a projeções de crescimento, garantiu a alta das contratações em junho, com a criação de vagas se estendendo para o 13º mês seguido, na taxa mais forte já registrada.
Juntamente, os empresários do setor mantiveram o otimismo forte em junho, com o sentimento sobre as perspectivas de crescimento numa máxima de quase três anos.
O mesmo ocorreu com as empresas de modo geral, que mostraram esperanças de resultado positivo da eleição presidencial de outubro, e passaram a ver aumento da produção ao longo dos próximos 12 meses devido ainda aos esforços de marketing e investimentos.
Por outro lado, o mês de junho foi marcado pelo aumento nos gastos das empresas, com os custos de insumo subindo a uma taxa mais lenta do que em maio, mas ainda sendo a segunda mais forte na série histórica.
A pesquisa mostrou que as pressões vieram da força do dólar e dos custos mais elevados de energia, alimentos, combustíveis e produtos de higiene.
Com isso, os fornecedores de serviços elevaram seus preços de venda pelo 20º mês e à taxa mais forte já vista no estudo.
“Apesar das agressivas altas de juros, o cenário da inflação não melhorou. Os custos de insumos subiram a um ritmo que só foi superado em maio”
disse a diretora associada de economia da S&P Markit, Pollyanna De Lima
Com o resultado de serviços e a indústria, o PMI Composto do Brasil subiu de 58,0 em maio a 59,4 no mês passado, no segundo ritmo mais forte de expansão da atividade empresarial desde o início do levantamento, em março de 2007.