O CDS do Brasil de 10 anos, que faz referência ao risco país medido pelo contrato de derivativo chamado de Credit Default Swap, atingiu os 422 pontos.
Como 100 pontos base equivalem a 1%, no caso de um investidor que queira proteger US$ 100 milhões em títulos brasileiros de um evento de crédito, precisará pagar 4,22% deste valor para conseguir ter esta proteção.
Nos últimos 15 anos, o patamar de 400 pontos só foi atingido em quatro momentos. Dois deles foram durante crises motivadas por questões externas: em 2008 e em 2020.
Nos outros dois momentos, fatores internos foram os dominantes. O ano de 2018, a última eleição presidencial, e entre 2015 e 2016, o momento do último impeachment presidencial.
Atualmente, um misto de fatores internos e externos vem provocando a alta do risco país.
Embora o CDS seja um instrumento de proteção de Bonds brasileiros, ou seja, títulos brasileiros emitidos no exterior, a precificação dos títulos no mercado interno também reflete este risco. Dessa forma, quanto maior o risco, mais as taxas de juros sobem.