No Relatório de Mercado Focus, publicado nesta segunda-feira (26) pelo Banco Central, as projeções das principais instituições financeiras do país apontam para um otimismo do mercado em relação à redução da inflação, e manutenção dos juros em patamares altos no final do ano.
Pela 13ª semana consecutiva, os economistas participantes do Boletim Focus reduziram a projeção sobre o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), indo de 6,00% para 5,88%, no acumulado em 12 meses.
Há quatro semanas, o mercado entendia que a taxa de inflação seria de 6,70% no final de 2022. Para 2023, a tendência projetada também foi de queda. Segundo o Focus, a inflação será de 5,00%, ante 5,01% da semana passada. E bem abaixo da taxa de um mês atrás, que era de 5,30%.
No referente à taxa básica de juros, o mercado avalia que a Selic não dever recuar a curto prazo. Pela 14ª semana seguida, o Boletim Focus manteve a projeção de 13,75% ao ano da Selic – o valor que coincide com a taxa atual, que foi mantida por decisão da maioria do Comitê de Política Monetária (Copom) na semana passada.
Porém, o mercado espera uma baixa nos juros no ano que vem. A Selic deve fechar 2023 em 11,25%, um pouco acima dos 11% de quatro semanas atrás.
Além das expectativas para a inflação e juros, o Boletim Focus também trouxe as estimativas para o comportamento do PIB (Produto Interno Bruto) e dólar nos próximos meses.
As instituições financeiras consultadas pelo BC elevaram sua projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano de 2,65% para 2,67%. Para o próximo ano, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) é de crescimento de 0,5%.
Em 2024 e 2025, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,75% e 2%, respectivamente.
Já no que diz respeito à variação da taxa de câmbio, a expectativa para a cotação do dólar manteve-se em R$ 5,20 para o final deste ano. Para o fim de 2023, a previsão é de que a moeda americana se mantenha nesse mesmo patamar.
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