O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta terça-feira (24) que a prévia da inflação oficial do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), apresentou alta de 0,55% em janeiro de 2023.
No mês anterior, o índice estava em 0,52%. Já no acumulado em 12 meses, o resultado desacelerou de 5,90% para 5,87%.
Influências
Segundo o IBGE, os maiores impactos no índice vieram dos setores de Saúde e cuidados pessoais (1,10%) e Alimentação e bebidas (0,55%), com variação de 0,14 pontos percentuais e 0,12 pontos percentuais, respectivamente.
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisa apresentaram alta na prévia de janeiro. A maior variação foi registrada no grupo Comunicação, com alta de 2,36% e variação de 0,11 pontos percentuais.
Os demais destaque vieram de Transportes e de Habitação (+0,17%) e de Despesas pessoais (+0,57%).
Aberturas
O grupo Saúde e cuidados pessoais foi de 0,40% para 1,10% na passagem de dezembro para janeiro, sendo influenciado pela alta nos preços dos itens de higiene pessoal (1,88%), que em dezembro haviam subido 0,04%
As altas mais expressivas vieram de perfume (4,24%) e produtos para pele (3,85%). Os planos de saúde (1,21%) mantiveram a variação do mês anterior, refletindo a incorporação da fração mensal dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023.
Passando para o grupo de Alimentação e bebidas, o resultado de janeiro (0,55%) ficou abaixo do registrado em dezembro (0,69%).
As altas da batata-inglesa (15,99%), do tomate (5,96%), do arroz (3,36%) e das frutas (1,74%) provocaram um aumento de 0,61% nos preços dos alimentos para consumo no domicílio. Por outro lado, as quedas mais expressivas ficaram por conta da cebola (-15,21%) e do leite longa vida (-2,04%).
A alimentação fora do domicílio (0,39%) ficou com resultado próximo ao do mês anterior (0,45%), com o lanche tendo alta de 0,80% e, a refeição, de 0,14%.
No setor de Comunicação, o resultado (2,36%) foi influenciado pelas altas de tv por assinatura (11,78%), combo de telefonia, internet e tv por assinatura (3,24%), acesso à internet (2,11%) e aparelho telefônico (1,78%).
O maior impacto veio do combo de telefonia, internet e tv por assinatura (0,05 p.p.).
Em Transportes, houve uma desaceleração de dezembro (0,85%) para janeiro (0,17%), de forma que o principal motivo foi a queda nos preços dos combustíveis (-0,58%).
Tirando a alta no etanol (0,51%), houve queda nos preços do óleo diesel (-3,08%), da gasolina (-0,59%) e do gás veicular (-0,40%). Além disso, ocorreu alta no subitem emplacamento e licença (1,61%), que incorporou, pela primeira vez, a fração mensal referente ao IPVA de 2023.
Por fim, em Habitação, o dado contraiu em janeiro, indo para 0,17%. As quedas foram observadas nos preços do gás de botijão (-1,32%) e da energia elétrica residencial (-0,16%).
As variações das áreas pesquisadas ficaram entre -4,82% no Rio de Janeiro, onde houve redução de 5,99% nas tarifas residenciais em uma das concessionárias pesquisadas, em vigor desde 15 de dezembro, e 3,96% em Salvador, onde o ICMS retornou ao patamar de 27% a partir de 1º de janeiro.
No setor de Habitação também houve destaque para a a alta do gás encanado (7,09%), consequência dos reajustes de 9% das tarifas no Rio de Janeiro (3,64%), em vigor desde 1º de janeiro, e de 10,90% em São Paulo (10,90%), a partir de 10 de dezembro.
O reajuste de São Paulo não havia sido apropriado no IPCA-15 de dezembro e, por isso, foi incorporado integralmente no índice de janeiro.
A taxa de água e esgoto (0,75%) é decorrente dos reajustes de 14,62% em Belo Horizonte (5,85%) e de 9,51% em Brasília (3,80%), ambos a partir de 1º de janeiro, e de 10,15% em Belém (4,32%), a partir de 28 de novembro.
Índices Regionais
O IBGE apontou que todas as áreas pesquisadas apresentaram alta em janeiro.
A variação foi registrada em Belo Horizonte (0,92%), influenciada pelas altas dos itens de higiene pessoal (2,65%), da taxa de água e esgoto (5,85%) e da batata-inglesa (23,18%).
Já o menor resultado ocorreu no Rio de Janeiro (0,23%), onde pesaram as quedas de 4,82% da energia elétrica e de 20,18% da cebola.
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