O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), conhecido como a prévia da inflação oficial do Brasil, desacelerou para 0,13% em julho, 0,56 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de junho (0,69%). Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (26).
Esta é a menor variação mensal do IPCA-15 desde junho de 2020 (0,02%).
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,79% e, em 12 meses, de 11,39%, abaixo dos 12,04% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
De acordo com o IBGE, seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram variações positivas de preço.
O maior impacto individual veio do leite longa vida (22,27%), que influenciou a alta do grupo de alimentação e bebidas (1,16%). Já a maior variação veio de Vestuário (1,39%), que acumula, no ano, alta de 11,01%.
No lado das quedas, destacam-se os grupos Transportes (-1,08%) e Habitação (-0,78%), que contribuíram conjuntamente com -0,36 p.p. no índice do mês.
O movimento foi impactado pela Lei Complementar 194/22, que reduziu as alíquotas de ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações. A lei federal foi posteriormente incorporada no âmbito das legislações estaduais, contribuindo para o recuo de preços observado nesses grupos.
Houve uma queda mais significativa no grupo de transportes, principalmente pela redução de 5,01% no preço da gasolina e de 8,16% no do etanol.
Na parte de energia, houve redução de ICMS em várias regiões. Em Goiânia, o ICMS caiu de 29% para 17%, levando o resultado de energia elétrica na área a uma queda de 12,02%. Em Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS), os recuos nas variações mensais também foram superiores a 10%.
Veja o gráfico com a variação mensal do IPCA-15: