O bilionário Elon Musk, CEO da fabricante de veículos elétricos Tesla, tem se envolvido recentemente em uma série de polêmicas envolvendo bitcoin e outras criptomoedas.
Na última quarta-feira (12), Musk publicou em seu Twitter que a Tesla suspenderia a venda de carros com pagamento em bitcoin. Segundo ele, a empresa está preocupada com o uso crescente de combustíveis fósseis para gerar energia e minerar o bitcoin.
“A criptomoeda é uma boa ideia em muitos níveis e nós acreditamos que ela tem um futuro promissor, mas isso não pode significar um grande custo ao meio ambiente”, diz a mensagem compartilhada por Musk, completanto que a empresa pretende aderir a criptoativos que consumam menos energia.
Mas ele não parou por ai. No fim de semana, Musk deixou no ar a possibilidade de que a Tesla poderia vender os bitcoins que possui levando a uma forte queda dos preços da criptomoeda.
Em fevereiro, a empresa informou ao mercado que havia comprado US$ 1,5 bilhão em bitcoins e que passaria a aceitar a criptomoeda como meio de pagamento.
Apesar da crítica de Musk ao bitcoin, diversos especialistas mostraram que o consumo de energia gerado na mineração dessa criptomoeda é muito menor do que aquele utilizado no sistema bancário ou na mineração de ouro, por exemplo.
Coincidência ou não, a cada declaração do polêmico CEO da Tesla, o impacto na cotação do bitcoin tem sido imediato. Desde o dia 8 de maio, o preço da criptomoeda já despencou mais de 26%, passando de US$ 58.858 para US$ 43.210.
Não bastasse as declarações sobre o bitcoin, Musk também tem provocado reações ao incentivar o uso Dodgecoin, moeda digital criada a partir de um meme.
Depois de anunciar que a Tesla deixaria de aceitar bitcoin como pagamento de seus veículos, ele afirmou no Twitter que estava trabalhando com os desenvolvedores da Dogecoin para melhorar a eficiência das transações do sistema e que o futuro parecia potencialmente promissor.
Outras polêmicas do CEO da Tesla
As polêmicas envolvendo criptomoedas são apenas mais algumas na extensa lista de declarações controversas do empreendedor.
Em 2018, quando um grupo de jovens ficou preso em uma caverna na Tailândia e o resgate gerou comoção mundial, Musk ofereceu um submarino criado pela Tesla para ajudar nos trabalhos. O veículo não foi utilizado e o mergulhador Vernon Unsworth afirmou que o submarino era um “truque de relações públicas” da Tesla.
A resposta de Musk foi considerada desproporcional depois que o executivo chamou o Unsworth de “pedófilo”.
No mesmo ano, durante uma entrevista ao vivo no YouTube, o CEO fumou um cigarro de maconha calmamente. A atitude não foi bem vista pelo mercado e as ações da Tesla registraram queda após o ocorrido.
Outra polêmica que chamou atenção do público foi o nome que o executivo escolheu para o filho que nasceu no ano passado: X Æ A-12 Musk.
Ainda em 2020, Musk chamou atenção por afirmações a respeito da necessidade de isolamento para a contenção da pandemia do novo coronavírus. Ele afirmou que o risco de morrer vítima da Covid-19 é menor do que ao dirigir o seu carro para casa e afirmou que o pânico é “idiota”.
Terceiro homem mais rico do mundo
Apesar das polêmicas, a forte valorização das ações da Tesla nos últimos anos colocou Musk no topo dos rankings de bilionários. Ele chegou a figurar como a pessoa mais rica do planeta, com patrimônio avaliado em mais de US$ 180 bilhões.
A queda recente da cotação das ações, no entanto, fez com que a fortuna de Musk diminuísse para a faixa dos US$ 160 bilhões. Agora, ele é considerado o teceiro homem mais rico do mundo, atrás de Jeff Bezos, fundador da Amazon, e de Bernard Arnault, presidente e diretor executivo da holding LVMH, dona das marcas Louis Vuitton e Dior.