De acordo com dados do Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve uma elevação de 0,1% em outubro ante setembro.
Em comparação com outubro de 2021, a atividade econômica teve expansão de 2,8% em outubro de 2022.
“O crescimento do PIB em outubro deve-se, principalmente, ao bom desempenho do setor de serviços e do consumo. Assim como tem ocorrido durante todo o ano de 2022, estes componentes seguem contribuindo positivamente apara o desempenho da economia. Destaca-se que após dois recuos consecutivos da atividade econômica, o crescimento de 0,1% é considerado modesto, porém não deixa de mostrar que a economia ainda dá indícios de crescimento apesar da maior influência do aperto monetário causado pelos altos juros”, afirmou Juliana Trece, coordenadora da pesquisa.
Consumo das famílias
Segundo o Monitor do PIB da FGV, o consumo das famílias cresceu 5,7% no trimestre móvel finalizado em outubro. Ainda na ótica da demanda, a contribuição positiva do consumo de produtos não duráveis segue aumentando desde o segundo trimestre.
Porém, o levantamento indicou que o principal motor do crescimento do consumo seguindo sendo os serviços. Depois de ter registrado queda por mais de um ano (desde o terceiro trimestre de 2021), o consumo de produtos duráveis cresceu em outubro.
Formação bruta de capital fixo
A FGV apontou que a FBCF cresceu 6,4% no trimestre móvel finalizado em outubro, com destaque para a contribuição do segmento de máquinas e equipamentos.
Mesmo que tenha iniciado de forma negativa para a FBCF, a contribuição de máquinas e equipamentos representou cerca de 70% do crescimento do componente.
Esse avanço é explicado pelo desempenho das máquinas e equipamentos importados, com destaque para o segmento de caminhões, ônibus, reboques e carrocerias.
Exportação e importação
A exportação de bens e serviços cresceu 11,4%. Com exceção da exportação de produtos da extrativa mineral. todos os demais segmentos contribuíram positivamente para este crescimento.
Já a importação de bens e serviços subiu 11,9%. As maiores contribuições foram: importação de serviços (5,6 p.p.), bens intermediários (4,7 p.p.) e bens de capital (2,9 p.p.).
Os demais segmentos da importação retraíram, porém em pequena magnitude, o que explica a pouca contribuição na redução do crescimento das importações.
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