A mais recente pesquisa realizada pelo Cointelegraph Research mostrou que US$ 316 bilhões em ativos gerenciados pelos entrevistados, 3,3%, ou aproximadamente US$ 10,42 bilhões, estão investidos em criptomoedas.
Entre os 84 investidores profissionais em todo o mundo, alguns relataram mais de 50% de exposição a ativos digitais, mas a porcentagem média dos investimentos em criptomoedas é de cerca de 3%.
A relação risco-retorno foi a principal consideração ao investir em criptomoedas, pois 44% dos entrevistados classificaram essa característica como “altamente importante”.
Outros fatores considerados relativamente menos importantes foram “diversificação” e “minha empresa está convencida de que a tecnologia será importante no futuro”.
Como esperado, o Bitcoin saiu no topo em popularidade: é detido por 94% dos investidores institucionais que possuem criptomoedas. O Ether está logo atrás, com 75%. Os security tokens, juntamente com as stablecoins, seguem com 31% cada.
O estudo mostrou que as criptomoedas não são os únicos ativos digitais considerados para compra por investidores institucionais. Alguns deles planejam adicionar títulos tokenizados e tokens não-fungíveis (NFTs) a seus portfólios.
Outra esfera atrativa para investidores institucionais são as plataformas de metaverso, uma vez que os projetos do setor já atraíram US$ 120 bilhões em investimentos em 2022.
De acordo com a McKinsey & Company, empresa de consultoria empresarial norte-americana, 59% dos consumidores estão entusiasmados com a transição de suas atividades diárias para metaversos. A expectativa é de que a indústria como um todo atinja um impacto de mercado de US$ 5 trilhões até 2030.
Embora prefiram investimentos diretos em criptomoedas a fundos de investimento e produtos estruturados, a maioria dos investidores institucionais ganha exposição a ativos digitais por meio de fundos passivos, como o Bitcoin Trust da Grayscale.
De modo geral, as entradas anuais em fundos de criptomoedas atingiram US$ 9,3 bilhões em 2021, mas uma queda nos preços das criptomoedas em 2022 pressionou fortemente os preços das ações desses fundos, com os gerenciados passivamente sendo os mais prejudicados.
Além disso, os investidores institucionais se envolvem no mercado de derivativos de criptomoedas graças à alta liquidez.
Os mercados à vista oferecem um quinto a um oitavo da liquidez dos mercados de derivativos para Bitcoin e um quarto a um quinto para o Ether. Investidores profissionais parecem estar mais interessados neste último ativo, já que suas opções em aberto (US$ 5 bilhões) ultrapassaram recentemente as do Bitcoin (US$ 4,8 bilhões).
O obstáculo mais forte para a adoção de criptomoedas foi o risco de liquidez: 51% dos entrevistados o classificou como altamente importante.
Os riscos de crimes cibernéticos e de fraude, juntamente com os riscos operacionais, seguem o exemplo – uma grande mudança em comparação com os resultados da pesquisa da Cointelegraph realizada em 2020, quando os riscos regulatórios foram percebidos como os mais graves.
Portanto, os riscos regulatórios são ainda um obstáculo significativo, impedindo que um em cada quatro investidores profissionais compre Bitcoin, de acordo com os resultados da pesquisa.
Para conferir a pesquisa na íntegra, acesse este link.
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