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Layoffs: as 10 maiores demissões em massa de 2023

Desde o final do ano passado, o mercado vem acompanhando a crise vivenciada no setor de tecnologia, com empresas com influência de âmbito global realizando ondas de demissões que ultrapassam a casa dos milhares de funcionários.

Apenas no primeiro mês de 2023, segundo dados do site Layoffs.fyi, cerca de 55.324 postos de trabalho foram fechados nas big techs. O valor corresponde a quase metade das 97,1 mil demissões do setor em 2022.

Portanto, a crise que se iniciou no 2º semestre do ano passado passou para um ritmo ainda mais acelerado no início de 2023 – que está sendo marcado por um contexto de alta da inflação, elevação da taxa de juros e, consequentemente, temor à uma recessão global.

Confira quais foram os 10 maiores cortes feitos até o presente momento:

Amazon: 18 mil funcionários demitidos

Em 18 de janeiro de 2023, a Amazon anunciou o maior corte de funcionários em 28 anos de história da empresa: 18.000 postos de trabalho foram afetados.

O quadro de funcionários da companhia da Jeff Bezos vinha reduzindo sua força de trabalho logo após uma onda de contratações durante a pandemia de Covid-19. Até o final de 2021, a Amazon aumentou sua equipe para mais de 1,6 milhão até o final de 2021, contra 798 mil no quarto trimestre de 2019.

O corte anunciado em janeiro foi 80% maior do que a empresa planejava inicialmente. O CEO Andy Jassy afirmou que as demissões afetariam principalmente em suas divisões de recursos humanos e lojas.

Por estar passando por uma desaceleração no crescimento das vendas, aumento nas despesas e piora nas perspectivas econômicas, a Amazon, além das demissões, implementou um congelamento de contratações em sua força de trabalho corporativa, desacelerou a expansão de seus armazéns e fechou alguns projetos experimentais.

Alphabet (Google): 12 mil funcionários demitidos

Há 4 semanas, em 20 de janeiro, a Alphabet, empresa controladora do Google, anunciou o corte de 6% de sua força de trabalho global, o que implica em 12.000 funcionários a menos.

Após se posicionar por anos como uma empresa que desenvolve soluções como Google, YouTube e outros produtos, a Alphabet está sofrendo com a concorrente Microsoft Corp na área de inteligência artificial generativa.

Em mensagem enviada aos funcionários, o presidente-executivo da Alphabet, Sundar Pichai, disse que a empresa revisou seus produtos, pessoas e prioridades, o que levou aos cortes de empregos em várias geografias e tecnologias.

De acordo com Pichai, o Google está se preparando “para compartilhar algumas experiências totalmente novas para usuários, desenvolvedores e empresas” e que a companhia tem “uma oportunidade substancial à nossa frente com IA em nossos produtos”.

Funcionários brasileiros receberam o aviso da demissão em 10 de fevereiro.

Microsoft: 10 mil funcionários demitidos até o fim do 3º tri

Assim como sua concorrente, a Microsoft também foi afetada pela onda de demissões em massa. Em 18 de janeiro deste ano, a companhia anunciou que cortará 10.000 funcionários em todo o mundo até fim do terceiro trimestre. Portanto, reduzirá 5% do quadro de trabalhadores.

Similarmente a outras empresas, a Microsoft expandiu suas operações durante a pandemia. Desde 2019, mais de 75 mil pessoas foram contratadas. Porém, mesmo que sua receita anual tenha crescido 58% nos últimos três anos, os cortes são justificados pela empresa devido à incerteza econômica e à desaceleração do setor de tecnologia nos EUA.

Os cortes contabilizarão US$ 1,2 bilhão em seu balanço referente a custos de rescisões contratuais.

Salesforce: 8 mil funcionários demitidos

Nos primeiros dias de 2023, em 4 de janeiro, a Salesforce, gigante do software corporativo, anunciou que demitiria 10% de sua força de trabalho, ou seja, cerca de 8.000 pessoas.

A empresa também fechou escritórios como parte de um plano de contenção global de custos.

Em uma carta direcionada aos funcionários, Marc Benioff, CEO da Salesforce, culpou o atual momento econômico global pelo corte, dizendo: “O ambiente permanece desafiador e os nossos clientes estão sendo mais cautelosos em suas decisões de compras. Quando nossa receita acelerou durante a pandemia, contratamos muita gente e entramos nessa baixa econômica. Eu assumo a responsabilidade”.

De acordo com a empresa, os cortes devem gerar multas entre US$ 1,4 bilhão e US$ 2,1 bilhões.

Dell: 6,6 mil funcionários demitidos

Há pouco mais de uma semana, a Dell se juntou ao grupo de empresas de tecnologia que estão sofrendo com o aumento dos custos. A companhia anunciou que vai cortar cerca de 6.650 trabalhadores, ou 5% de seus funcionários.

Atualmente, o mercado de computadores pessoais está em queda de vendas.

Anteriormente, a Dell já havia implementado medidas de corte de custos, como pausa nas contratações e limites de viagens. Contudo, segundo o co-presidente-executivo, Jeff Clarke, essas mudanças “não são mais suficientes”.

Em 28 de janeiro de 2022, a Dell tinha cerca de 133 mil funcionários, dos quais cerca de um terço estava baseado nos Estados Unidos.

IBM: 3,9 mil funcionários demitidos

Ainda no primeiro mês do ano, a IBM, empresa de tecnologia envolvida no fornecimento de soluções de informática e inteligência artificial, anunciou que vai demitir 3.900 pessoas.

Os cortes foram feitos por conta de um resultado inferior ao esperado no balanço financeiro de 2022, juntamente com a intenção de se desfazer de alguns ativos do mercado.

Conforme o comunicado feito por James Kavanaugh, diretor financeiro da IBM, apesar das demissões, a empresa ainda está “comprometida” a realizar contrações em áreas voltadas à melhoria nas relações com clientes.

A companhia projeta que as demissões irão causar uma despesa de US$ 300 milhões de janeiro a março deste ano.

Philips: 3 mil funcionários demitidos até o final de 2023

Três meses após ter anunciado o corte de 4.000 postos de trabalho, a Philips vem com mais uma onda de demissões em massa. A empresa holandesa de tecnologia disse em 30 de janeiro de 2023 que irá demitir mais 3.000 funcionários.

Segundo a empresa, a medida tem o objetivo de reduzir 70% do valor de mercado após problemas com a venda de aparelhos respiratórios.

O plano aponta que, no total, 6.000 funcionários serão demitidos até o ano de 2025, sendo metade do valor apenas em 2023.

Somando o corte de outubro com o mais recente, a Philips terá demitido 13% de seu efetivo.

Zoom : 1,3 mil funcionários demitidos

Em 7 de fevereiro, a plataforma Zoom anunciou a demissão de 15% de sua equipe, o que implica em 1.300 funcionários desligados da empresa.

Em comunicado, o CEO Eric Yuan diz ter “errado” ao triplicar o tamanho da equipe em menos de 24 meses para gerenciar a alta demanda causada pelo crescimento do trabalho remoto durante a pandemia.

A empresa declarou que “pessoas e empresas continuam a confiar no Zoom” no retorno às atividades presenciais, mas a incerteza da economia global e seus efeitos nos clientes fizeram a big tech repensar seus passos.

No mesmo anúncio, o CEO disse que cortou seu salário em 98% e abriu mão do bônus corporativo de 2023 a que teria direito.

Coinbase: 950 funcionários demitidos

Em 10 de janeiro, a exchange de criptomoedas Coinbase anunciou um corte de cerca de 950 trabalhadores, ou 20% de sua força de trabalho.

coinbase computador

A corretora vem fechando a maior parte de suas operações no Japão e encerrando vários projetos. Em junho de 2022, reduziu 18% de sua força de trabalho, o equivalente a cerca de 1.100 funcionários, e eliminou outros 60 em novembro.

Spotify: 600 funcionários demitidos

Em 23 de janeiro, o Spotify se mostrou como outra vítima da onda de demissões do Vale do Silício. A gigante do streaming cortou cerca de 600 funcionários, o que representa 6% da companhia.

Um porta-voz da empresa disse que as demissões serão em todos os departamentos.

“Embora tenhamos feito grandes progressos na melhoria da velocidade nos últimos anos, não nos concentramos tanto na melhoria da eficiência. Ainda gastamos muito tempo sincronizando estratégias ligeiramente diferentes, o que nos atrasa. E em um ambiente econômico desafiador, a eficiência assume maior importância”, afirmou o CEO, Daniel Ek, em uma postagem no blog oficial da companhia.

Em outubro do ano passado, a empresa já havia feitos desligamentos, sendo que 38 funcionários de seus estúdios de podcast Gimlet Media e Parcast foram demitidos.

Entre em contato com o Money Crunch: [email protected]

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