Nesta quinta-feira (26), o Conselho de Administração da Petrobras aprovou, por unanimidade, que o senador Jean Paul Prates assuma a presidência da estatal. O mandato de Prates vai até abril deste ano, e ele assume o cargo de maneira interina, pois seus nome ainda precisa ser aprovado por uma Assembleia de Acionistas.
O senador havia sido indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência da Petrobras em dezembro, logo após seu antecessor, Caio Paes de Andrade, indicado por Bolsonaro, renunciou e foi substituído provisoriamente por um diretor, João Henrique Ritterhaussen.
Seu nome ganhou mais destaque após acompanhar Lula na COP-27, a Conferência da ONU sobre o clima, no Egito.
Quem é Jean Paul Prates?
Nascido na cidade do Rio de Janeiro, Jean Paul Prates é advogado e economista, possuindo mestrados nas áreas de energia e gestão ambiental pela Universidade da Pennsylvania (nos Estados Unidos) e pelo Instituto Francês do Petróleo.
Desde a década de 1980, quando participou da assessoria jurídica da Petrobras Internacional (Braspetro), é atuante no mercado de óleo e gás. No final dos anos 80, fundou a própria consultoria para a área de petróleo.
Entre os anos de 2008 e 2010, comandou a Secretaria de Energia do estado do Rio Grande do Norte.
Prates entrou para a política em 2014, quando foi eleito como primeiro suplente da senadora Fátima Bezerra (PT-RN). Em 2019, passou a ocupar a cadeira de Fátima como senador.
No Senado, foi autor da lei que regulamenta a captura e o armazenamento de carbono, relator do Marco Legal das Ferrovias, das novas leis sobre a produção de biogás em aterros sanitários e da nova lei de mobilidade urbana sustentável.
Também foi Prates que atuou como relator de dois projetos de lei com o objetivo de intervir no preço dos combustíveis e que alteram a tributação do setor. Ambos os textos estão parados na Câmara dos Deputados.
Ontem, Prates renunciou ao cargo de senador, abrindo caminho para sua atuação na petroleira.
Ele é conhecido por defender uma mudança na composição dos preços da Petrobras e o fortalecimento da empresa em investimento público. Prates já se posicionou contrário à privatização da empresa e também já defendeu ser alçada do governo a atual política de preços da Petrobras, que atualmente acompanha as cotações internacionais para definir seus preços domésticos.
Porém, no início de janeiro, afirmou que não haveria intervenção nos preços na companhia.
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