De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou em todas as sete capitais pesquisadas na primeira quadrissemana de maio.
Segundo dados informados nesta terça (10), entre o fechamento de abril e a primeira leitura deste mês, a alta do índice cheio passou de 1,08% para 0,83%.
Nos últimos meses, o índice acumula alta de 10,94%, maior do que o avanço de 10,61% na leitura anterior.
A apuração da FGV apontou um recuo da inflação nas seguintes capitais:
- Belo Horizonte: de 1,05% para 0,82%
- Brasília: de 1,69% para 1,42%
- Porto Alegre: de 0,95% para 0,47%
- Recife: de 1,22% para 0,99%
- Rio de Janeiro: de 1,07% para 0,74%
- Salvador: de 0,82% para 0,80%
- São Paulo: de 1,04% para 0,89%
Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação.
A maior contribuição para o resultado do IPC-S partiu do grupo Habitação, cuja taxa de variação passou de -0,69%, na quarta quadrissemana de abril de 2022 para -1,69% na primeira quadrissemana de maio de 2022.
Entre os outros componentes, a variação foi de:
- Transportes: de 2,13% para 1,53%
- Vestuário: de 1,26% para 1,09%
- Despesas Diversas: de 0,7% para 0,59%
Nessas classes, os itens com maior peso foram gasolina (3,19% para 1,94%), calçados femininos (1,53% para 0,12%), conserto de bicicleta (1,80% para 0,39%) e mensalidade para internet (-0,40% para -0,51%).
Na contramão, setores como Educação, Saúde e Alimentação avançaram ante o fechamento de abril. Observe:
- Educação, Leitura e Recreação: de 2,51% para 3,36%
- Saúde e Cuidados Pessoais: de 1,14% para 1,29%
- Alimentação: de 1,58% para 1,59%
As variações mais influentes foram as de passagem aérea (14,38% para 17,76%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,67% para 1,26%) e doces e chocolates (-2,95% para -0,58%).
Na primeira quadrissemana, os itens que mais contribuíram para o alívio do IPC-S foram Tarifa de eletricidade residencial (-6,78% para -10,78%), condomínio residencial (-0,89% para -2,22%) e plano e seguro de saúde (-0,50% para -0,50%), conforme dados da FGV.
Na outra direção, itens como passagem aérea (14,38% para 17,76%), gasolina (3,19% para 1,94%) e etanol (7,92% para 8,78%) puxaram o indicador para cima, seguidos de aluguel residencial (2,14% para 1,65%) e batata-inglesa (14,81% para 16,27%).