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IPCA-15: prévia da inflação desacelera para 0,57% em abril, aponta IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), tido como a “prévia da inflação”, registrou uma alta de 0,57% em abril. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em março, o IPCA-15 havia sido de 0,69%. O IBGE mostrou que, no ano, o indicador acumula alta de 2,59% e, em 12 meses, de 4,16%, abaixo dos 5,36% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2022, a taxa foi de 1,73%.

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Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram inflação no mês de abril.

A maior variação (1,44%) e o maior impacto no índice do mês (0,29 p.p.) vieram dos Transportes, que haviam subido 1,50% em março. Na sequência, contribuíram com o resultado do mês os grupos Saúde e cuidados pessoais (1,04%) e Habitação (0,48%), com 0,14 p.p. e 0,07 p.p..

Assim como ocorreu em março, a alta do grupo Transportes (1,44%) foi puxada pelo aumento nos preços da gasolina (3,47%), subitem que contribuiu com o maior impacto individual no IPCA-15 de abril (0,17 p.p.).

Também houve alta nos preços do etanol (1,10%), que já haviam subido 1,96% em março. Óleo diesel (-2,73%) e gás veicular (-2,17%), por sua vez, registraram queda, na contramão dos demais combustíveis (2,84%).

O IBGE também ressaltou a alta de 11,96% nas passagens aéreas, após recuo de 5,32% em março.

Ainda em Transportes, a variação positiva de ônibus urbano (0,94%) deve-se aos reajustes de 15,75% nas passagens em Fortaleza (14,17%), a partir de 19 de março, e de 9,09% em Curitiba (4,71%), a partir de 1º de março. 

No subitem metrô (0,16%), o destaque foi para o reajuste de 6,15% nas tarifas, aplicado a partir de 12 de abril no Rio de Janeiro (0,46%). Já a alta de 0,07% no subitem táxi é consequência da apropriação residual do reajuste de 11,54% nos preços em Belo Horizonte (0,65%), em vigor desde 13 de fevereiro.

No grupo Saúde e cuidados pessoais (1,04%), a maior contribuição (0,06 p.p.) veio dos produtos farmacêuticos (1,86%), após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos, a partir de 31 de março.

Os itens de higiene pessoal apresentaram desaceleração de 2,36% em março para 0,35% no IPCA-15 de abril, influenciados, principalmente, pelos perfumes (-1,99%). Além disso, o item plano de saúde (1,20%) seguiu incorporando as frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023.

Em Habitação (0,48%), o destaque foi a energia elétrica residencial, com alta de 0,84% e contribuição de 0,03 p.p. As variações das áreas ficaram entre -1,36% em Porto Alegre e 7,18% no Rio de Janeiro, onde foram aplicados reajustes de 7,49% e 6,00% nas duas concessionárias pesquisadas, ambos a partir de 15 de março.

A alta do grupo também foi influenciada pela aceleração em aluguel residencial (0,53%), que havia registrado alta de 0,15% em março.

A desaceleração do IPCA-15 em relação a março foi influenciada, entre outros fatores, pelo recuo no grupo de Alimentação e bebidas (de 0,20% em março para 0,04% em abril), Comunicação (de 0,75% para 0,06%) e Habitação (de 0,81% para 0,48%).

A desaceleração de Alimentação e bebidas deve-se à variação negativa da alimentação no domicílio (-0,15%).

Destacam-se as quedas nos preços da batata-inglesa (-7,31%), da cebola (-5,64%), do óleo de soja (-4,75%) e das carnes (-1,34%). No lado das altas, o destaque foi o ovo de galinha, cujos preços subiram 4,36% em abril.

A alimentação fora do domicílio passou de 0,68% em março para 0,55% em abril. O lanche desacelerou (de 1,02% em março para 0,82% em abril), enquanto a refeição (0,52%) registrou resultado próximo ao do mês anterior (0,50%).

Índices regionais

Todas as áreas pesquisadas tiveram alta em abril. A maior variação foi registrada em Curitiba (0,85%), e a principal contribuição para o resultado veio da gasolina, com alta de 6,40%.

Já a menor variação foi observada em Belo Horizonte (0,27%), influenciada pelas quedas de 6,19% nas frutas e de 13,30% no tomate.

Entre em contato com a redação Money Crunch: [email protected]

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