A inflação nos Estados Unidos subiu 0,1% em novembro, segundo dados do Departamento do Trabalho do país publicados terça-feira (13). Em 12 meses, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) acumula alta de 7,1%, contra uma variação positiva de 7,7% registrada em outubro.
O CPI é a medida da variação média ao longo do tempo dos preços pagos pelos consumidores urbanos em uma cesta de bens e serviços de consumo.
De acordo com o Departamento do Trabalho, o índice de habitação no mês de novembro foi “de longe” o maior contribuinte para o aumento mensal de todos os itens, mais do que compensando as quedas nos índices de energia.
O índice de energia teve queda de 1,6%, depois de registrar uma alta de 1,8% em outubro. A gasolina caiu 2%, enquanto no mês anterior havia subido 4%.
Outro resultado importante vem do núcleo da inflação, que une todos os itens exceto alimentos e energia. A alta foi de apenas 0,2% em novembro, menor aumento desde agosto de 2021.
O índice de alimentos cresceu menos, mas registra pressão. “Quatro dos seis principais índices de grupos de alimentos de supermercados aumentaram ao longo do mês”, diz o Departamento do Trabalho.
Neste setor, o destaque foi para “frutas e vegetais”, que cresceram 1,4% em novembro, depois de uma queda de 0,9% no mês anterior. Na outra ponta, carnes tiveram queda de 0,8%.
O segmento geral de alimentos registrou alta de 0,5% em novembro, contra 0,6% em outubro. Tanto para comida em casa como fora, o aumento foi de 0,5%.
Juros
Amanhã o Federal Reserve (Fed) divulga a nova taxa de juros do país, que atualmente está em uma faixa entre 3,75% e 4% após quatro altas de 0,75 ponto percentual consecutivas.
A expectativa do mercado é que o Fed reduza o ritmo e promova um aumento de meio ponto percentual, levando as taxas ao patamar entre 4,25% e 4,5% ao ano.
Na última reunião, o órgão considerava que o impacto do aumento de juros ainda estava em evolução e havia um desejo de acertar o nível para juros “suficientemente restritivo para levar a inflação a 2% ao longo do tempo”.
“Ao determinar o ritmo de aumentos futuros, o Comitê (Federal de Mercado Aberto) levará em conta o aperto acumulado da política monetária, a defasagem com que a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação, e acontecimentos econômicos e financeiros”, disse o banco central dos EUA na ocasião.
Porém, há receio de que grandes aumentos contínuos dos juros possam estressar o sistema financeiro ou desencadear uma recessão. Apesar de a inflação permanecer mais de três vezes maior que a meta de 2%, o Fed está em uma fase de “ajuste fino”.
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