O principal índice de inflação do Japão atingiu em julho o maior porcentual desde dezembro de 2014. Segundo dados oficiais divulgados pelo governo nesta sexta (19), o índice subiu 2,4% no mês passado, ficando acima de 2% pelo quarto mês consecutivo.
O aumento do índice – que exclui os preços dos alimentos frescos – foi impulsionado pelos preços dos combustíveis e das matérias-primas, piorando o custo de vida das famílias, que ainda não viram ganhos salariais significativos.
Ao contrário da maioria dos bancos centrais, o do Japão entende esta inflação como algo temporário e não aumentou a taxa de juros. Com isso, a moeda do país, o iene, desvalorizou em relação ao dólar, o que elevou o preço dos produtos importados.
O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, disse que está comprometido com a política monetária flexível que busca criar um crescimento sustentável por meio de mais lucros corporativos, salários mais elevados e inflação acima de 2%.
Na visão de oshimasa Maruyama, economista-chefe de mercado da SMBC Nikko Securities, o núcleo da inflação ao consumidor japonês pode chegar a 3% este ano.
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