Os preços no setor industrial em agosto de 2022 tiveram queda de 3,11% em relação a julho, na maior variação negativa desde o início da série histórica em 2014. Os dados são do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado hoje (28) pelo IBGE.
Na passagem de junho para julho, a variação havia sido de 1,13%. No índice que registra os últimos 12 meses, a taxa foi de 12,16%. No acumulado do ano, o indicador atingiu 7,91%.
O destaque foi a indústria do Refino de petróleo e biocombustíveis, a segunda maior variação, -6,99%, e a maior influência (-0,95 p.p.) na variação de -3,11% da indústria geral. Outras atividades em destaque foram alimentos, com -0,88 p.p. de influência, indústrias extrativas (-0,79 p.p.) e metalurgia (-0,25 p.p.).
O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação. Dessas, 16 apresentaram queda.
Os quatro setores com maiores variações, em termos absolutos, foram: indústrias extrativas (-14,18%); refino de petróleo e biocombustíveis (-6,99%); metalurgia (-3,91%); e alimentos (-3,74%).
“O menor resultado antes dos -3,11% de agosto, havia sido em novembro de 2018, -1,62%. Nos últimos 37 meses, período que engloba o da pandemia, só houve dois resultados negativos: o atual e o de dezembro de 2021, -0,08%. O que em grande parte explica a redução, por um lado, é a apreciação real frente ao dólar em agosto, que impacta negativamente tanto os preços das importações quanto os das exportações” , explica Alexandre Brandão, gerente do IPP.