O índice global de preços de alimentos, apurado e divulgado nesta sexta (7) pela agência das Nações Unidas FAO (Organização para Agricultura e Alimentação), teve média de 136,3 pontos no mês passado, a sexta queda consecutiva.
Portanto, o índice, que acompanha as commodities alimentares mais negociadas globalmente, recuou das máximas de todos os tempos registradas no início deste ano, quando foi impulsionado pela Guerra da Ucrânia. Em agosto, o valor foi revisado de 138,0 para 137,9 pontos.
Mesmo que o índice caiu de um recorde de 159,7 em março, a leitura de setembro foi 5,5% superior à do ano anterior.
A queda mais recente foi impulsionada pela redução mensal de 6,6% nos preços do óleo vegetal, com o aumento da oferta e os preços mais baixos do petróleo contribuindo para o declínio.
Porém, por outro lado, o índice de preços de cereais da FAO subiu 1,5% no mês a mês em setembro, com os preços do trigo avançando 2,2% devido a preocupações com as condições de safras secas na Argentina e nos Estados Unidos.
Os preços do arroz subiram 2,2%, em parte devido a preocupações com o impacto das recentes inundações graves no Paquistão.
Safras
Separadamente, a FAO reduziu sua previsão para a produção global de cereais em 2022 para 2,768 bilhões de toneladas, de 2,774 bilhões de toneladas anteriores. O valor é 1,7% abaixo da produção estimada para 2021.
A expectativa é de que o consumo mundial de cereais em 2022/23 ultrapasse a produção em 2,784 milhões de toneladas, levando a uma queda projetada de 1,6% nos estoques globais em comparação com 2021/22, para 848 milhões de toneladas.
Este cenário representaria uma relação estoque-uso de 29,7%, abaixo dos 31,0% em 2021/22, mas ainda relativamente alto historicamente, segundo a FAO.
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