O Índice de Preços dos Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) atingiu uma média de 131,2 pontos em janeiro, valor 0,8% menor do que o mês anterior e 17,9% menor que o pico da série, alcançado em março de 2022. Esta foi a 10ª queda consecutiva.
O índice funciona como referência dos preços internacionais dos alimentos, já que as mudanças mensais nos preços internacionais dos alimentos mais vendidos no mercado.
O recuo de janeiro foi principalmente influenciada pelo subíndice dos óleos vegetais, laticínios e açúcar. Paralelamente, os valores de cereais e carne permaneceram em grande parte estáveis.
Componentes
O índice que mede os Preços de Cereais ficou praticamente inalterado no confronto mensal, registando alta de apenas 0,1%. Porém, em comparação com o mesmo mês de 2021, subiu 4,8%.
Sobre o setor, a FAO destacou:
- Os preços internacionais do trigo diminuíram em 2,5% devido aos resultados positivos alcançados por Austrália e Rússia;
- Os preços mundiais do milho subiram marginalmente devido à forte demanda por exportações do Brasil e ao risco de estiagem na Argentina;
- Os preços internacionais do arroz, no entanto, tiveram um salto de 6,2% a partir de dezembro, influenciados por ofertas mais restritas, forte demanda local em alguns dos países exportadores da Ásia e variações nas taxas de câmbio.
No referente ao Índice de Preços de Óleo Vegetal, a FAO apontou uma queda de 2,9% em janeiro ante dezembro. Os destaques são:
- Os preços mundiais dos óleos de palma e soja caíram em meio a uma demanda de importação mundial moderada;
- Os preços dos óleos de girassol e colza diminuíram em virtude da grande oferta de produtos destinados à exportação.
O Índice de Preços de Laticínios foi em média 1,4% mais baixo do que em dezembro, refletindo a tendência de queda dos preços da manteiga e do leite em pó em função da menor procura por parte dos principais importadores e do aumento da oferta da Nova Zelândia.
- Os preços mundiais do queijo registraram um ligeiro aumento, impulsionados por uma recuperação dos serviços alimentícios e das vendas no varejo na Europa Ocidental após o feriado de Ano Novo, bem como por flutuações cambiais.
Enquanto isso, o Índice de Preços da Carne recuou apenas 0,1% em relação a dezembro.
- A ampla capacidade de exportação pesou nos preços de aves, suínos e carne bovina;
- Os preços de ovinos subiram devido à maior demanda por importação.
Por fim, o Índice de Preços do Açúcar caiu 1,1% em relação a dezembro.
- O bom desempenho da safra na Tailândia e as condições climáticas favoráveis no Brasil compensaram o impacto nos preços devido às preocupações com os menores rendimentos das colheitas na Índia, os preços mais altos da gasolina no Brasil (que favorecem a demanda por etanol), assim como a valorização do real em relação ao dólar dos Estados Unidos.
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