O Índice de Confiança de Serviços (ICS), divulgado nesta terça-feira (29) pela Fundação Getulio Vargas, recuou 5,4 pontos, indo para 93,7 pontos, o menor nível desde março, quando estava em 92,2 pontos. Em dois meses de queda, o índice acumula perda de 8,0 pontos.
“A desaceleração da atividade econômica no final do ano era esperada, mas não era clara no setor nos últimos meses, principalmente pela resiliência dos serviços prestados às famílias, que agora pioraram fortemente”, comentou Rodolpho Tobler, economista da FGV, em nota.
Tobler também disse que, apesar do fim do período eleitoral, fatores políticos passaram a ser muito citados como limitadores dos negócios nos próximos meses.
“(Isso) eleva a incerteza do cenário no curto prazo e um ambiente macroeconômico delicado em 2023”, disse o economista.
De acordo com a FGV, a queda do índice em novembro foi influenciada pela piora das avaliações das empresas sobre a situação corrente, mas principalmente das expectativas nos próximos meses.
O Índice de Situação Atual (ISA-S), indicador da percepção sobre o momento presente do setor de serviços, caiu 3,1 pontos, para 96,9 pontos, menor nível desde abril deste ano (96,0 pontos).
Seu recuo foi influenciado majoritariamente pela deterioração do indicador de volume de demanda atual e pelo índice que mede a situação atual dos negócios.
Já o Índice de Expectativas (IE-S), que reflete as perspectivas para os próximos meses, caiu 7,5 pontos, para 90,7 pontos, menor nível desde abril de 2021 (88,7 pontos). Contribuíram para esse resultado o indicador que mede a demanda prevista nos próximos três meses e o de tendências dos negócios nos próximos seis meses.
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