Conforme dados divulgados nesta quarta (7) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o IGP-10 (Índice Geral de Preços-10) teve em agosto sua primeira deflação desde o final do ano passado. Após subir 0,60% em julho, o índice caiu 0,69% neste mês.
O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
A deflação mensal foi a primeira desde dezembro de 2021 (-0,14%) e a mais intensa desde dezembro de 2018 (-1,23%). O resultado foi reflexo da redução do ICMS sobre os setores de energia elétrica e combustíveis, e também da queda nos custos de commodities importantes.
Agora, o IGP-10 passou a acumular avanço em 12 meses de 8,82%, primeira leitura de um dígito desde julho de 2020 (+8,57%).
Entre os componentes, o Índice de IPA (Preços ao Produtor Amplo), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve queda de 0,65% em agosto, depois de subir 0,57% em julho.
Importantes commodities sustentam a queda do indicador (IPA), com destaque para minério de ferro (de -5,93% para -11,09%), carne bovina (de -0,46% para -5,93%) e soja (de -0,78% para -2,14%)
disse André Braz, coordenador dos índices de preços, em nota
Já o IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor), que responde por 30% do índice geral, teve baixa de 1,56% no mês, contra alta de 0,42% em julho.
O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), por sua vez subiu 0,74% em agosto, abaixo da taxa de 1,26% no período anterior.
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