O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), divulgado nesta quinta (15) pela Fundação Getulio Vargas, subiu 0,36% em dezembro. O índice acumula alta de 6,08% em 2022.
Os preços no atacado medidos pelo IPA-10 tiveram elevação de 0,31%, ante uma queda de 0,98% em novembro.
Os preços agropecuários mensurados pelo IPA Agrícola caíram 0,81% no atacado em dezembro, após uma queda de 1,44% em novembro. Já os preços dos produtos industriais – medidos pelo IPA Industrial – tiveram alta de 0,76% este mês, depois da redução de 0,79% no atacado em novembro.
Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram elevação de 0,30% em dezembro, ante uma alta de 0,23% em novembro.
Os preços dos bens intermediários caíram 0,40% em dezembro, após redução de 0,01% em novembro. Já os preços das matérias-primas brutas subiram 1,12% em dezembro, depois da queda de 3,17% em novembro.
Os preços ao consumidor verificados pelo IPC-10 apresentaram alta de 0,58% em dezembro, após o aumento de 0,67% em novembro.
Já o INCC-10, que mede os preços da construção civil, teve elevação de 0,36% em dezembro, depois de subir 0,19% em novembro.
No ano de 2022, o IPA-10 subiu 6,08% e o IPC-10 apresentou alta de 4,40%. O INCC-10 teve elevação de 9,55% neste ano; e o IGP-10 acumulou um aumento de 6,08%.
O período de coleta de preços para o indicador de dezembro foi do dia 11 de novembro a 10 deste mês.
Pressões sobre o IGP-10
As altas nos preços da gasolina (1,82%) e de alimentos como o tomate (19,87%) e cebola (30,22%) lideraram o ranking de pressões sobre a inflação ao consumidor medida pelo IGP-10.
Três das oito classes de despesa do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) registraram taxas de variação mais baixas:
- Educação, Leitura e Recreação: de 1,81% em novembro para -0,45% em dezembro;
- Saúde e Cuidados Pessoais: de 0,98% para 0,58%;
- Vestuário: de 0,93% para 0,35%.
As principais contribuições partiram dos itens: passagem aérea (de 7,96% para -2,36%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 2,01% para 0,51%) e calçados (de 0,95% para -0,03%).
Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas nos grupos:
- Transportes: de 0,47% para 0,85%;
- Alimentação: de 0,79% para 1,12%;
- Comunicação: de -0,62% para 0,11%;
- Habitação: de 0,33% para 0,46%;
- Despesas Diversas: de 0,12% para 0,49%.
As maiores influências partiram dos itens: gasolina (de 0,56% para 1,82%), hortaliças e legumes (de 9,73% para 11,79%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de -1,13% para 0,26%), tarifa de eletricidade residencial (de -0,15% para 1,58%) e serviços bancários (de 0,09% para 0,76%).
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