Segundo informações trazidas por uma reportagem do jornal Valor Econômico, publicada na última segunda (1º), a Hashdex, maior gestora de ETFs (fundos de índice negociados em bolsa) do Brasil, pretende lançar um fundo de gestão ativa proprietária de criptomoedas para potencializar o lucro dos investidores durante o atual mercado de baixa.
O fundo quantitativo, nomeado como “Crypto Top Performers”, utilizará um algoritmo para compor uma carteira baseada em altcoins com alto potencial de valorização.
Em outras palavras, é um fundo do tipo multimercado de investimento no exterior, baseado na negociação de criptomoedas através de exchanges sediadas fora do Brasil.
É destinado a investidores qualificados e será distribuído nas plataformas de investimento da XP e do Itaú. O investimento mínimo é de R$ 500, taxa de administração é de 2% e a taxa de performance é de 20% sobre os lucros que excederem o Nasdaq Crypto Index.
A ideia é que seja capaz e superar o desempenho do Nasdaq Crypto Index (NCI), índice que serve de referência para o HASH11, principal ETF da Hashdex, e o segundo maior da B3 em termos de volume negociado. Neste caso, o BTC e ETH são os ativos de maior peso.
De acordo com Samir Kerbag, diretor de tecnologia e pesquisa da Hasdex, o “Crypto Top Performers” se baseará uma estratégia comum a fundo de ações, que busca maximizar ganhos de curto prazo a partir da observação de tendências pontuais do mercado.
Para converter a volatilidade do mercado em maiores ganhos para os cotistas, potenciais movimentos em uma janela de um a três meses serão explorados.
O diretor explicou que o Crypto “Top Performers” é voltado para aqueles que estão em busca do próximo fenômeno do mercado de criptomoedas.
“Esse fundo foi uma demanda dos próprios clientes que veem o bitcoin como uma moeda já consolidada que subiu muito. Todos querem saber qual moeda será o novo bitcoin. Esse fundo tende a captar esse tipo de movimento.”
A alavancagem dos resultados do fundo se dará a partir de movimentos como indecisão na precificação de ativos, eventos de formação de preço, além de fenômenos comportamentais, como o efeito manada.
“No mercado cripto, além desses fatores serem recorrentes, há também o mecanismo de incentivos da indústria para o uso e adoção dos criptoativos que podem gerar ciclos virtuosos de valorização dos tokens e dos projetos, reforçando a tendência dos criptoativos de protocolos vencedores continuarem a ter um bom desempenho.”
disse Kerbage
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