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Guerra na Ucrânia reflete em preços de matérias-primas e afeta IGP-DI

Os efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia já são sentidos em índices de inflação no Brasil. Com o conflito no Leste europeu, matérias-primas como o petróleo e fertilizantes ficaram mais caros e tiveram impacto direto na inflação medida pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna), da FGV (Fundação Getulio Vargas).

Segundo a FGV, o IGP-DI subiu 2,37% em março, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando teve variação de 1,50%. Com o resultado, o índice acumula alta de 6% no ano e 15,57% em 12 meses.

“O IPA, índice de maior expressão na composição do resultado do IGP, recebeu, nesta apuração, forte influência dos derivados do petróleo, cujos destaques foram Diesel (2,70% para 16,86%), gasolina (1,71% para 12,69%) e adubos ou fertilizantes (-5,21% para 7,97%) que juntos responderam por 30% do resultado do IPA”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

Em seu último Boletim Macro, divulgado no final de março, a FGV já havia antecipado que a guerra iria começar a impactar os índices de inflação no Brasil.

“A Rússia é um dos principais produtores e exportadores de commodities, incluindo petróleo, gás natural,
trigo, milho e fertilizantes. E, com a guerra, os governos ocidentais impuseram sanções que contribuíram para
reduzir ainda mais a oferta desses produtos e para elevar seus preços”, destacou a entidade.

De acordo com a FGV, dentre os componentes do IGP-DI, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 2,80% no mês passado.

Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de 1,73% em fevereiro para 3,64% em março. O principal responsável por este avanço foram os alimentos processados, cuja taxa passou de 0,61% para 4,03%.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 1,35% em março, contra 0,28% em fevereiro. Sete das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação.

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,86% em março, ante 0,38% no mês anterior.

 Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de fevereiro para março: Materiais e Equipamentos (0,28% para 0,50%), Serviços (1,66% para 0,70%) e Mão de Obra (0,25% para 1,21%).

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