O Indicador Antecedente de Emprego do Brasil, publicado nesta terça-feira (6) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 6,7 pontos no mês passado, para 73,1 pontos, indo para o menor nível desde julho de 2020 (66,1 pontos). Em outubro, o IAEmp já tinha marcado o menor nível desde abril.
Para Rodolpho Tamer, economista do FGV Ibre, contribuíram para a piora do dado a desaceleração da economia e a instabilidade relacionada ao período eleitoral.
“A tendência para os próximos meses ainda é incerta, mas é difícil imaginar que o mercado de trabalho passe ileso de um desaquecimento econômico que deve ser registrado nessa virada para 2023”, afirmou em nota.
Todos os sete componentes do IAEmp apresentação retração. Os que mais caíram no mês foram Tendência dos Negócios (-1,3 ponto) e Emprego Previsto de Serviços (-1,0 ponto).
Porém, os dados efetivos do emprego no país ainda têm mostrado resiliência. A taxa de desemprego caiu a 8,3% nos três meses até outubro, a mais baixa para o período desde 2014. O Banco Central tem alertado, no entanto, que as surpresas positivas no mercado de trabalho podem ter chegado ao fim.
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