Por decisão unânime durante a reunião feita nesta quarta-feira (1º), o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) decidiu por elevar a taxa básica de juros dos Estados Unidos em 0,25 ponto percentual (p.p.), para um intervalo de 4,50% a 4,75% ao ano.
Na última reunião, realizada em dezembro de 2022, a autoridade monetária já havia reduzido o ritmo de alta dos Fed funds, fazendo um ajuste de 50 pontos base. Antes disso, foram quatro altas consecutivas de 75 pontos.
A decisão desta quarta ocorreu dentro do esperado pelo mercado. O CME FedWatch Tool, monitor de juros do CME Group, mostrava que 99,3% dos traders previam uma alta dessa magnitude.
Porém, analistas ainda consideram que está distante a expectativa de um início de cortes, já que são poucos os sinais do efeito da política mais restritiva na atividade econômica dos Estados Unidos.
No texto divulgado pelo Fed, o banco afirma que o crescimento de empregos tem sido robusto nos últimos meses, mas reconhece que indicadores recentes apontam para crescimento modesto de gastos e produção. Ainda, disse que a inflação continua elevada, mesmo que tenha arrefecido um pouco.
O Federal Reserve declarou que continua muito atento aos riscos inflacionários e voltou a afirmar que juros restritivos devem ser necessários para levar a inflação do país à meta de 2% no longo prazo. Sendo assim, indicou que vai precisar continuar subindo juros para frear a escalada de preços.
Entre os riscos de inflação, o Fed mencionou a guerra da Rússia contra a Ucrânia. O BC disse que o conflito segue provocando dificuldades humanas e econômicas, contribuindo com o aumento de incertezas.
Sobre os próximos meses, a autoridade monetária disse que vai continuar monitorando os próximos dados econômicos.
“As avaliações do comitê vão levar em conta um grande leque de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e desenvolvimentos financeiros e internacionais”, disse o texto.
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