Em comunicado publicado nesta segunda-feira (2), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) projetou um crescimento de 8,2% em 2023 nos financiamentos concedidos pelo sistema bancário do país, um leve recuo ante a projeção anterior divulgada em novembro de 8,4%, e piorou suas expectativas para a inadimplência da carteira livre.
A Febraban afirmou que a redução na expectativa dos financiamentos é resultado da estimativa de menor crescimento da carteira com recursos livres, de 10% para 8,6%. A projeção para a carteira com recursos direcionados subiu de 6,1% para 7,7%.
No comunicado, a entidade disse que, para 2022, “captou nova melhora na projeção de crescimento da carteira total, subindo de 14,1% (novembro) para 14,8%”.
“Essa melhora decorre principalmente das surpresas positivas com os números mais recentes da economia, especialmente nas linhas de crédito com recursos direcionados, como os programas públicos”, disse a Febraban.
No referente à inadimplência, a projeção subiu de 4,3% para 4,4%, enquanto para 2023 avançou de 4,4% para 4,7%. Em outubro, a inadimplência desta carteira estava em 4,2%.
Para 75% dos participantes consultados, o início do movimento de queda de juros pelo Banco Central vai ocorrer apenas a partir do terceiro trimestre deste ano. Na pesquisa anterior, a maioria dos analistas (60%) apontava que isso ocorreria no segundo trimestre.
“Para a maior parte dos entrevistados, a tramitação da PEC da Transição resultou em alteração tanto do início da flexibilização monetária quanto em uma elevação da taxa terminal da Selic em 2023. Apenas 25% afirmaram que não alteraram suas projeções para a taxa Selic”, explicou Rubens Sardenberg, diretor de economia, regulação prudencial e riscos da Febraban.
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